No Ceará, o número de pessoas que recebem medicamentos para diabetes e hipertensão por meio do programa "Saúde Não Tem Preço" aumentou 602% em dez meses. O total mensal de habitantes que retiraram esses produtos nas 331 farmácias e drogarias credenciadas do Estado passou de 8.068, em janeiro, para 56.618, em outubro.
Em todo o País, a quantidade de beneficiados cresceu 251% no mesmo período, passando de 853.181 para quase 3 milhões. Ao todo, 6,5 milhões de pessoas receberam os medicamentos. Destas, 120.949 estão no Ceará.
Ainda conforme os dados do Ministério da Saúde, no Estado, a quantidade mensal de diabéticos atendidos pelo programa cresceu 483%, saltando de 3.749, em janeiro, para 21.848, em outubro. No que diz respeito à hipertensão, o percentual de aumento foi de 744% no mesmo período, pois passou de 5.241 para 44.241 beneficiados.
O secretário da Saúde do Ceará, Arruda Bastos, considera o programa "Saúde Não Tem Preço" como uma das mais importantes ações do Governo Federal dos últimos anos. Segundo explica, quando não tratadas corretamente, a diabetes e a hipertensão contribuem pa

Para Bastos, o maior acesso aos remédios para hipertensão e diabetes, além de reduzir as outras doenças, melhora a qualidade e a expectativa de vida da população.
O secretário acredita que o leque de medicamentos ofertados pelo programa "Saúde Não Tem Preço" deve crescer, inclusive para outras doenças.
Ele afirma também que, nas últimas reuniões que teve com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, percebeu uma disposição do titular da Pasta em ampliar a distribuição dos medicamentos ofertados.
"Estive com o ministro na semana passada e vi que ele está totalmente empenhado com a questão do acesso da população a remédios gratuitos", informou Arruda Bastos.
Balanço
A hipertensão arterial atinge 23,3% da população adulta brasileira (maiores de 18 anos), de acordo com o estudo Vigilância de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2010, que considera o diagnóstico médico referido pelo entrevistado.
Em Fortaleza, conforme a pesquisa, 21,1% da população adulta é hipertensa, abrangendo 19,7% dos homens e 22,2% das mulheres. Já em relação à diabetes, 5,7% da população adulta tem a doença, sendo 5,3% do sexo masculino e 6% do sexo feminino.
O estudo Vigitel também revela que, no Brasil, o diagnóstico de diabetes atinge 6,3% da população adulta, tendo maior incidência nas mulheres do que nos homens.
Desde fevereiro, o "Saúde Não Tem Preço" fornece medicamentos gratuitos para diabetes e hipertensão. Antes, nas drogarias credenciadas ao "Aqui Tem Farmácia Popular", os produtos eram oferecidos com até 90% de desconto.
Desconto
O programa oferece, ainda, mais 14 tipos de remédios, com até 90% de desconto, utilizados no tratamento de asma, rinite, mal de Parkinson, osteoporose, glaucoma, gripe e dislipidemias (para o tratamento ao colesterol alto e outras disfunções sanguíneas), além de anticoncepcionais e fraudas geriátricas.
De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, os medicamentos são ofertados em mais de 20 mil farmácias e drogarias da rede privada credenciada ao "Aqui Tem Farmácia Popular", e em mais de 500 unidades próprias do programa, administradas pelo Governo Federal.
Para adquirir os medicamentos disponíveis no programa "Saúde Não Tem Preço", o usuário deve apresentar CPF, documento com foto, além da receita médica, exigida pelo programa como uma forma de evitar a automedicação e incentivar o uso racional de medicamentos e a promoção da saúde.
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