quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Queima da gordura: qual o melhor treino?

(Foto: Thinkstock)
Aparência magra, objeto do desejo da maioria, se transforma quase em obsessão com a chegada do verão. Afinal, é nesta época que as pessoas expõem mais o corpo em praias e piscinas. Então, a pergunta da estação é: qual o melhor treino para queimar gordura?
Há mais de dez anos pesquisadores testam e comparam protocolos de exercícios, justamente para descobrir o que mais traz resultados, em termos de emagrecimento.
Antes de citar os treinos que mais indico para emagrecer, destaco um conceito fundamental para que o leitor entenda por que algumas estratégias são mais eficientes e outras, nem tanto.
Gasto calórico durante versus pós exercício – Por muito tempo acreditou-se que o mais importante a considerar era o gasto calórico proporcionado pela atividade física. Um treino que queime 800 calorias, por exemplo, seria mais efetivo para emagrecer, quando comparado a uma sessão de 400. No entanto, surgiu um fator novo que vem sendo cada vez mais pesquisado: o EPOC (da sigla em inglês para Excess Post Exercise Oxygen Consumption, ou consumo excessivo de oxigênio pós-exercício).
O EPOC corresponde ao consumo de oxigênio em EXCESSO após o exercício, ou seja, quantas calorias extras você consome mesmo tendo cessado sua atividade. Abaixo, você visualiza esta relação, mostrando que, quanto maior a intensidade do esforço, mais pronunciado será o efeito EPOC.
Em outras palavras, o ponto crítico para maximizar o gasto calórico encontra-se na intensidade. Não há muitos estudos sobre as aulas de spinning, mas são opções interessantes para estimular o EPOC, uma vez que alternam períodos de alta e baixa intensidade. É importante, porém, que o praticante já esteja adaptado aos exercícios e que ajuste o esforço com o auxílio de um profissional para elaborar o protocolo mais indicado para cada indivíduo.
Fica a dica: mais do que o gasto calórico durante, o exercício deve ser intenso o suficiente para estimular o efeito EPOC!
Fonte:
Adriano Eduardo Lima-Silva, Flávio de Oliveira Pires, Rômulo Bertuzzi. EXCESSO DE OXIGÊNIO CONSUMIDO PÓS-ESFORÇO: POSSÍVEIS MECANISMOS FISIOLÓGICOS. R. da Educação Física/UEM, Maringá, v. 21, n. 3, p. 563-575, 3. trim. 2010.
Por Renato Dutra

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