sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Hospital de Brasília isola três bebês com superbactéria

Recém-nascidos estavam em UTI neonatal e exames de rotina mostraram a presença da bactéria KPC. Eles não desenvolveram infecções e passam bem

Cerca de 20% das contaminações pela KPC podem não ser vencidas por nenhum antibiótico
Cerca de 20% das contaminações pela KPC podem não ser vencidas por nenhum antibiótico (Thinkstock/VEJA)
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal isolou nesta quinta-feira três recém-nascidos que estavam internados na UTI neonatal do Hospital Materno Infantil de Brasília. A medida foi tomada depois da descoberta de que os bebês estavam com a bactéria KPC (Klebsiella pneumoniae), resistente a antibióticos. Os bebês não desenvolveram infecções e passam bem.
De acordo com a secretaria, a medida foi adotada para evitar a propagação do micro-organismo. A descoberta foi feita em uma vistoria de rotina, antes que a bactéria se multiplicasse. Os bebês estão isolados para segurança dos demais pacientes e monitorados o tempo todo. De acordo com a assessoria de imprensa da secretaria, a UTI não foi interditada.

A KPC — A KPC foi a primeira bactéria resistente a antibióticos identificada pelos médicos, nos Estados Unidos. Trata-se de uma versão resistente da bactéria Klebsiella pneumoniae, que pode causar pneumonia e infecção urinária. A preocupação surgiu porque cerca de 20% das contaminações pela KPC podem não ser vencidas por nenhum antibiótico. Ou seja, ela causa uma infecção simples, imune a grande parte dos remédios conhecidos.
De acordo com um levantamento do Ministério da Saúde, a bactéria matou 106 pessoas em 2010 e 2011 no Brasil. Em 2009, 18 pacientes morreram por conta de infecções pela bactéria no Distrito Federal. A transmissão ocorre por meio do contato direto, como tocar a pessoa contaminada, ou indireto, por meio do uso de um objeto comum.

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