sexta-feira, 15 de maio de 2015

Vitamina B3 reduz risco de câncer de pele

Os voluntários tratados com nicotinamida tiveram uma redução de 23% na probabilidade de ter a doença em comparação com quem recebeu placebo

Imagem microscópica de câncer de pele
Imagem microscópica de câncer de pele. Apesar da novidade, proteção solar continua sendo a melhor arma contra a doença(Duncan Smith / Think Stock/VEJA)
A vitamina B3 é capaz de reduzir o risco de câncer de pele do tipo não-melanoma em até 23%. É o que mostra um estudo divulgado durante uma conferência da American Society of Clinical Oncology, realizada nos Estados Unidos.
Para a pesquisa, foram acompanhados 386 pacientes diagnosticados com, pelo menos, dois cânceres de pele- tais como carcinoma de células basais e carcinoma de células escamosas - nos últimos cinco anos. Metade dos participantes recebeu 500 miligramas do suplemento duas vezes por dia -- o outro grupo recebeu placebo.
Segundo os resultados, os voluntários, com idades entre 30 e 91 anos, toleraram bem o tratamento. Quando eles deixaram de tomar a vitamina B3, o risco de contrair câncer de pele subiu novamente cerca de seis meses mais tarde -- indicando que o benefício só pode ser adquirido se os suplementos são tomados de forma contínua.
"Esta é a primeira evidência clara de que podemos reduzir o câncer de pele usando uma simples vitamina, ao lado de proteção do sol sensata", afirmou Diona Damian, professora de dermatologia na Universidade de Sydney e autora principal da pesquisa.
Os pesquisadores ressaltaram que o estudo utilizou um tipo de vitamina B3 chamado nicotinamida e não do ácido nicotínico, uma outra forma comum de vitamina B3, geralmente associada a efeitos secundários, como rubor e pressão arterial baixa.
"Isso está pronto para ir direto para os consultórios", garantiu Damian. A pesquisadora alertou, porém, que o tratamento não foi testado como um remédio ou estratégia de prevenção para o público em geral. O filtro solar continua sendo a principal arma contra o câncer de pele.
O câncer de pele não-melanoma é considerado o mais frequente no Brasil e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no país, com 130 000 novos casos por ano.
(Com agência France-Presse)

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