quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Com 1,4 milhão de casos no Brasil, dengue bate recorde

O número, de acordo com o ministério, é quase o triplo do registrado no mesmo período do ano passado, quando 524 441 pessoas ficaram doentes

Imagem do mosquito Aedes aegypti, mais conhecido como mosquito da dengue
Imagem do mosquito Aedes aegypti, mais conhecido como mosquito da dengue(Ana Macedo/Futura Press/VEJA)
Depois de registrar recorde de mortes por dengue no ano, o país acaba de alcançar em 2015 também o maior número de casos notificados da doença desde 1990, quando as estatísticas começaram a ser monitoradas. Segundo o mais recente boletim epidemiológico de dengue do Ministério da Saúde, foram 1.463.776 casos prováveis da doença registrados de 4 de janeiro até 26 de setembro no Brasil. O recorde anterior, de 2013, era de 1.452.489 pessoas infectadas.
O número, de acordo com o ministério, é quase o triplo do registrado no mesmo período do ano passado, quando 524 441 pessoas ficaram doentes. De acordo com o boletim, a alta de registros foi puxada pelo Sudeste, que concentra 64% dos casos. Os quatro estados da região somaram 937 599 pessoas infectadas.
Em todo o Brasil, 18 estados registram nível epidêmico da doença, ou seja, quando o número de casos por 100 000 habitantes é superior a 300. Só estão fora dessa estatística Piauí, Roraima, Sergipe, Maranhão, Amazonas, Rondônia, Pará, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Neste último, o clima frio atrapalha a reprodução do mosquito Aedes aegypti e o índice de incidência da dengue é o menor: 14,5 casos por 100 000 habitantes.
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Na outra ponta do ranking, de estados com as mais altas taxas de incidência da doença, estão Goiás, com 2 120 casos por 100 000 habitantes, e São Paulo, cujo mesmo índice chegou a 1 561. Entre as capitais com as maiores taxas da doença estão Fortaleza, Maceió, Salvador, Rio e Belo Horizonte.
Embora o pico da doença no ano já tenha passado - ele ocorre geralmente entre os meses de abril e maio -, a tendência é que, com a volta das altas temperaturas, o número de casos cresça. Já estão em tendência de alta o Acre, Roraima, Paraná e Santa Catarina.
Casos graves - Os casos graves de dengue e as mortes por complicações da doença também aumentaram em relação ao ano passado. Segundo o boletim, 1 350 pessoas desenvolveram a forma mais severa da dengue até setembro. O número representa quase o dobro do registrado no mesmo período do ano passado: 693 pessoas.
Nos nove primeiros meses do ano, 739 pessoas morreram de dengue no país, número 75% maior do que o notificado no mesmo período de 2014.
O Ministério da Saúde afirma que fez, em dezembro de 2014, repasse adicional de R$ 150 milhões para estados e municípios reforçarem as ações de prevenção. Diz ainda ter feito visitas técnicas nos estados para auxiliar nos planos de contingência contra a doença.
(com Estadão Conteúdo)

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