terça-feira, 17 de maio de 2016

EUA realizam o 1º transplante de pênis em paciente com câncer

Thomas Manning, de 64 anos, precisou ser transplantado após ter o órgão removido devido a um raro tumor. Foram necessários três anos de treinamento da equipe médica

Homem recebe transplante de pênis nos Estados Unidos
Thomas Manning, de 64 anos, se recupera bem após ter recebido o primeiro transplante de pênis dos Estados Unidos. A expectativa é que em algumas semanas ele consiga ter micção normal. Já a função sexual, pode demorar meses para ser restabelecida. (Sam Riley/Mass General Hospital/AP)
O americano Thomas Manning foi submetido ao primeiro transplante de pênis dos Estados Unidos. O homem, de 64 anos, teve a maior parte do órgão removido para evitar o espalhamento do raro tumor na região. A cirurgia foi realizada no início deste mês, no hospital geral de Massachusetts, em Boston, nos Estados Unidos e durou 15 horas. O órgão foi recebido de um doador falecido.
Durante entrevista ao jornal americano The New York Times na última sexta-feira (13), o paciente disse que ainda não pôde ver o resultado, mas que estava bem e não havia sentido quase nenhuma dor. "Quero voltar a ser quem eu era. Eu não podia ter um relacionamento com ninguém, porque você não pode chegar para uma mulher e dizer 'Eu tive meu pênis amputado'", disse Manning.

A equipe médica, liderada pelo cirurgião plástico Curtis L. Cetrulo, se preparou durante três anos para o procedimento. Neste período, eles analisaram cadáveres para compreender em profundidade a anatomia do órgão, incluindo inúmeras cirurgias realizadas com os corpos. Antes do transplante, Thomas também teve que ser submetido a testes psicológicos para garantir que estava apto para lidar com a cirurgia - o primeiro paciente no mundo a ser submetido a este procedimento foi um chinês que não se adaptou ao novo órgão e precisou retirá-lo. Após apenas duas semanas na lista de espera, apareceu um doador com tipo sanguíneo e cor da pele compatíveis de Thomas e a cirurgia foi realizada.
O procedimento faz parte de uma pesquisa americana que busca reconstruir soldados e outros militares gravemente feridos na região pélvica durante a guerra. Mas ela também pode ser útil para aqueles que, como Thomas, tiveram algum dano na área devido a um câncer, por exemplo. Além da técnica cirúrgica, os médicos estão tentando encontrar uma forma de reduzir a necessidade de tantos medicamentos para prevenir a rejeição do órgão.
A equipe está bem otimista sobre a recuperação de Thomas e a expectativa é que ele consiga ter micção normal dentro de algumas semanas. Já a função sexual, pode demorar meses para ser restabelecida.
(Da redação)

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