quinta-feira, 5 de maio de 2016

Fortaleza tem 178 casos de febre chikungunya

Desse total, 151 são autóctones, contraídos dentro da cidade, e o restante importado de outras localidades
Lêda Gonçalves - Repórter
A Prefeitura iniciou ontem visitas forçadas a residências para conter o mosquito; considerando 2016, foram notificadas 612 suspeitas da enfermidade, das quais 178 foram confirmadas e 348 estão em investigação ( FOTO: JOSÉ LEOMAR )
No período considerado mais critico do ano em relação ao Aedes aegypti, o último boletim sobre a febre chikungunya, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), revela que, em Fortaleza, já são 191 pessoas infectadas, de 2014 - início dos registros - a 2 de maio de 2016, data do último levantamento. Neste ano, são 178 vítimas do mosquito.
Ao todo, 151 são autóctones (contraídos dentro da cidade) e o restante importado. Considerando apenas os dados referentes a 2016, foram notificadas 612 suspeitas da enfermidade, das quais 178 (29,1%) foram confirmadas e 348 ainda estão sendo investigadas.
Os bairros Monte Castelo com 31 casos, Montese, com 24; Vila Ellery, com 18; Parque Araxá e Parquelândia, cada um com 11 confirmações, estão entre os locais com maior número. Além deles, Mondubim; José Walter; Messejana; Amadeu Furtado; Rodolfo Teófilo; Henrique Jorge; Álvaro Weyne; São Gerardo e Bom Futuro estão na faixa da transmissão sustentada com três ou mais ocorrências autóctones. O boletim aponta que 76 bairros da Capital não tem nenhum registro. De acordo com informações de especialistas, o principal diagnóstico diferencial é com dengue, pois são vírus transmitidos pelo mesmo vetor e as manifestações clínicas da fase aguda são similares. Além de serem transmitidas pelo mesmo mosquito, explicam os especialistas, a dengue, a chikungunya e a zika apresentam alguns sintomas semelhantes, o que pode dificultar o diagnóstico das doenças.
Grave- A dengue é, sem dúvidas, a doença mais grave quando comparada às outras duas. Ela causa febre, dores no corpo, dores de cabeça e nos olhos, falta de ar, manchas na pele e indisposição. Em casos mais graves, a enfermidade pode provocar hemorragias, que, por sua vez, podem ocasionar óbito.
A chikv (como é intitulada pela área de saúde) também causa febre e dores no corpo, mas as dores concentram-se principalmente nas articulações. Na dengue, as dores são predominantemente musculares. Alguns dos sintomas duram cerca de duas semanas, mas as dores articulares podem permanecer por vários meses. Casos de morte são raros, mas a doença, em virtude da persistência da dor, afeta a qualidade de vida do paciente.
Já a zika é a que causa sintomas mais leves. Pacientes com essa enfermidade apresentam febre mais baixa, olhos avermelhados e coceira característica. Em virtude desses sintomas, muitas vezes a doença é confundida com alergia. Normalmente não causa morte, e os sintomas não duram mais que sete dias.
FIQUE POR DENTRO
Mulheres são as mais atingidas
A população mais afetada com a chikungunya é aquela com idade entre 21 a 60 anos com 66,3% dos casos confirmados (118/178); seguida pelo grupo maior de 60 anos com 21,9% (39/178). Segundo a SMS, entre os mais jovens, a taxa de ataque da doença é de 11,8% ou 21 de 178. As mulheres são as mais atingidas, com 121 ocorrências positivas.

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