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Os pesquisadores, liderados por Daniel Wolfe, diretor do Programa Internacional de Desenvolvimento da Redução dos Riscos do Instituto Open Society de Nova York, estudaram a situação em cinco países do mundo onde a epidemia da contaminação pelo vírus HIV é mais concentrada nos UDVI: China, Malásia, Rússia, Ucrânia e Vietnã.
Nesses países, o acesso aos antirretrovirais (ARV) é particularmente baixo: os UDVI representam 67% dos casos de Aids nesses locais, mas apenas 25% deles recebem os ARV. Menos de 2% dos UDVI têm acesso aos tratamentos de substituição de entorpecentes.
A utilização dos recursos é dificultada pela discriminação e a marginalização daqueles que consomem drogas. Eles sofrem com a interdição ao acesso do tratamento, custos suplementares, exigências particulares pela modificação do tratamento, fornecimento de nomes de pessoas procuradas pela polícia...
Nos países estudados, o fato de estar fichado na polícia como UDVI priva o indivíduo de direitos fundamentais como trabalho ou a guarda de filhos, revelaram os pesquisadores.
Portanto, uma melhora das condições de atendimento a usuários de drogas intravenosas pode reduzir não somente a contaminação, como também a dependência química, segundo o estudo.
Esses trabalhos foram apresentados durante a 18ª Conferência Internacional sobre a Aids em Viena, que tem como um dos temas principais a pandemia na Europa Oriental e a Ásia Central. Essa região do mundo é a única onde a epidemia progride, essencialmente entre os UDVI e os jovens.
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