de ter contraído a doença, em Boa Vista (RR).Uma análise preliminar realizada no Laboratório Central de Roraima identificou o sorotipo. Este ano já foram confirmados em circulação no Estado os tipos 1 e 2 do vírus.
Amostras de sangue do paciente foram enviadas ao Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA), referência na região Norte. O resultado definitivo deve ficar pronto em 20 dias, conforme protocolo do Ministério da Saúde.
O homem já teve alta médica e está bem de saúde. Para as autoridades, preocupa a possibilidade de ele ter sido infectado no município, já que afirma não ter saído da cidade no provável período de incubação da doença, que dura entre três e 15 dias.
Caso seja confirmado, o comitê de dengue do ministério deve se reunir e elaborar uma estratégia para contenção desse sorotipo viral. De acordo com o secretário-adjunto de Saúde do Estado, Alexandre Salomão, como não há outros registros da doença no Brasil, a suspeita é que o vírus possa ter entrado pela Venezuela, que faz fronteira com Roraima. No país vizinho, circulam os quatro tipos de dengue.
O gerente do Núcleo Estadual de Febre Amarela e Dengue, Joel Lima, disse que a infecção por essa forma do vírus não é, por si só, mais agressiva que as outras. O problema é que, como está há quase 30 anos sem circular no Brasil, existem mais pessoas suscetíveis a infecção pelo vírus. "Numa segunda ou terceira infecção por dengue, existem mais riscos de gravidade do que na primeira infecção pela doença."
A introdução do sorotipo 4 no Brasil ocorreu em 1981, quando Roraima registrou uma epidemia da doença que posteriormente se espalhou pelo país. No ano passado, havia três casos suspeitos da dengue tipo 4 no Amazonas, mas até o momento não foram confirmados pelo Ministério da Saúde.
Os gestores não excluem a possibilidade de um surto, por isso prometem intensificar a prevenção. Até julho deste ano, foram confirmados 5.295 casos de dengue em Roraima, sendo 46 ocorrências hemorrágicas.
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