quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Sobra vacina e falta informação-H1N1

Mais de oito milhões de vacinas contra o vírus H1N1 ainda estão disponíveis nos postos de saúde do país. A sobra corresponde ao gasto de R$ 92 milhões — 4,3% do investimento total do governo contra a pandemia. Na campanha de vacinação que teve início em março deste ano, cerca de 88 milhões de pessoas foram imunizadas. A meta do Ministério da Saúde foi vacinar ao menos 80% do grupo de risco — gestantes, portadores de doenças crônicas, crianças com mais de 6 meses e menos de 2 anos de idade, e também trabalhadores de saúde e população indígenas.
Diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Marcos Antonio Cyrillo, considerou alta a quantidade de vacinas que ainda restam nos postos de saúde: “Essas doses devem ser aproveitadas logo, já que o vírus da influenza sofre variações e no próximo inverno essa vacina pode não ter mais efeito”. Já o pneumologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília Ricardo Martins considera normal a sobra de vacina, em função da adesão em alguns grupos não ter chegado a 100%. A sugestão do médico é a de que o governo aproveite os lotes restantes para imunizar as populações que não receberam as doses ou iniciar uma nova campanha na Região Norte.
O Brasil gastou R$ 2,1bilhões no combate ao vírus responsável pela gripe A. Mais da metade desse montante (1,3 bilhão) foi destinado à compra de 113 milhões de doses da vacina.
De acordo com o diretor de vigilância epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Lage, o Brasil seguiu as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). “O principal desafio foi organizar uma campanha de vacinação bastante complexa.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário