Uma técnica cirúrgica inédita no mundo, desenvolvida na Beneficência Portuguesa, permite fazer uma correção anatômica de uma má formação no coração em que as principais artérias se encontram invertidas. O procedimento preserva as válvulas desses vasos, o que pode evitar novas cirurgias.
O problema, chamado de transposição de grandes artérias, é uma das principais causas de cianose ao nascer (coloração azulada da pele) e pode levar à morte. Como a posição dos vasos está invertida, a aorta, que deveria levar o sangue oxigenado para o corpo, recebe o sangue pobre em oxigênio. A artéria pulmonar, por sua vez, conduz o líquido oxigenado de volta aos pulmões.
Na técnica clássica, o fluxo é corrigido colocando um tubo com uma válvula entre o ventrículo direito e as artérias pulmonares. Por ser artificial, esse tubo sofre calcificação com o tempo. À medida que a criança cresce, há uma desproporção que exige novas cirurgias.
Na nova técnica, os médicos apenas invertem os vasos, preservando as válvulas de cada um deles, sem a necessidade de usar próteses.
Até agora, duas crianças passaram pela cirurgia. "É preciso acompanhar mais pacientes por um período de tempo para verificar se as válvulas acompanharão o crescimento", diz o cirurgião Gláucio Furlanetto.
sábado, 28 de agosto de 2010
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