
Esse caso foi detectado na Bélgica em junho, afirmou Denis Piérard, microbiologista do hospital universitário AZ VUB, citado pela imprensa belga.
Superbactéria que alarmou Europa é achada em 3 australianos
"Trata-se de um paciente diabético que morava em Bruxelas. Durante a viagem ao Paquistão, ele foi vítima de um acidente de carro. Depois de ter sido hospitalizado no local com um grande ferimento na perna, ele foi repatriado em seguida para a Bélgica, mas seu estado já era séptico", explicou.
Apesar da administração de colistina, um potente antibiótico, o paciente morreu, disse o médico.
Um segundo caso também foi registrado este ano na Bélgica, segundo um microbiologista da Universidade de Louvain, Youri Glupczynski, entrevistado pela rede de televisão belga RTBF.
A superbactéria considerada a causadora dessas mortes, que produz uma enzima batizada "metalo-betalactamase 1 de Nova Délhi" (NDM-1, em inglês), foi identificada pela primeira vez em 2009 em um paciente sueco hospitalizado na Índia.
Segundo um estudo divulgado esta semana pela revista britânica "The Lancet", pesquisadores também identificaram a bactéria em 37 pacientes no Reino Unido, incluindo alguns que haviam viajado à Índia ou ao Paquistão para serem submetidos a uma cirurgia estética. Três australianos que tinham viajado para a Índia também foram infectados, suscitando temores de uma propagação mundial.
A NDM-1 resiste a quase todos os tipos de antibióticos, incluindo os carbapenemos, geralmente reservados para situações de emergência e ao tratamento de infecções multirresistentes.
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