domingo, 13 de março de 2011

Diabete sem dramas

Bem humorada, boa aluna na escola e uma fera no hipismo. Com 14 anos, a estudante Margot Oliveira coleciona bons resultados, mas um detalhe faz toda a diferença em sua história: há três anos, ela foi diagnosticada com diabete tipo 1. Ao invés de lamentar a doença crônica, ela decidiu enfrentar o problema e nem mesmo as mudanças na rotina da família viraram motivo de tristeza.

“A diabete não me atrapalhou em nada. Saio com minhas amigas, vou ao cinema, pratico esportes e tenho a vida comum de uma garota da minha idade. A única diferença está na hora de arrumar a bolsa. Não vou a lugar algum sem o glicosímetro [aparelho que mede a glicose no sangue] e o kit com insulina e seringas”, diz.

Margot descobriu a doença com 11 anos, por acaso, em uma consulta de rotina. “Foi muita sorte. Todos os anos fazia exames e nunca apareceu nada de diferente. Naquele ano, minha glicose estava tão alta que tive que refazer o exame. Foi aí que descobri a diabete tipo 1.”

Sem histórico do problema na família, a estudante conta que, na época, a surpresa foi grande. Por não ter qualquer sintoma, a adaptação foi bastante lenta. “No dia em que descobri, foi um baque e só conseguia pensar que, de um dia para o outro, teria que me furar, parar de comer doces e mudar a rotina da minha família.”

Hoje ela diz que se acostumou com as injeções de insulina diárias e as restrições alimentares, tudo com o apoio da família e dos amigos. “Desde o início, meus pais adequaram o cardápio, diminuíram o consumo de massas e doces e passaram a comprar refrigerantes e sucos diet, tudo para eu não me sentir sozinha. Minhas amigas desde então vivem no meu pé e sempre me cobram quando exagero ou como alguma coisa que não posso.”

Para garantir qualidade de vida – e evitar os puxões de orelhas das amigas –, ela garante que agora tem cuidado redobrado com a saúde. “O negócio é me cuidar. Decidi manter um ritmo de vida saudável, me alimentar bem, continuar praticando esportes e não deixar a doença me vencer. Tinha duas opções, ou perdia tempo me lamentando ou aceitava que a doença faz parte de mim, não tem cura e que tenho de conviver da melhor maneira com ela. Fiz esta escolha e sou muito feliz.”

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