Sem os nanodiamantes, a droga era rejeitada pelo corpo ou não conseguia atuar sobre o tumor - ou, pior ainda, acabava causando a morte do paciente se administrada em doses muito altas. "Este é o primeiro trabalho a demonstrar a importância e o potencial dos nanodiamantes no

"O mais interessante neste trabalho era quando aplicávamos uma dose ainda mais alta do medicamento, tão alta que matava todos os animais. Eles não sobreviviam o suficiente nem para concluir o estudo", destaca Dean Ho, da Universidade Northwestern, principal autor da pesquisa. "Mas, quando aplicávamos a mesma dose alta combinada ao nanodiamante, não apenas os animais sobreviviam, como a redução dos tumores era a maior que víamos no estudo", conta.
Ho diz ter se interessado pelo uso das partículas de carbono em combinação com medicamentos há mais de três anos, e passou a se concentrar nos nanodiamantes porque outras linhas de pesquisa no campo automotivo mostraram que eles funcionam bem combinados à água - um requisito básico para o uso médico. "Também percebemos que a forma do diamante é bastante útil, por ser uma estrutura muito organizada, o que é sempre bom para a biologia", explica Ho.
Os nanodiamantes são geralmente obtidos a partir de explosões, como em minas de carvão ou refinarias de petróleo. Suspeita-se que resultem também do impacto de meteoritos. "O que é melhor ainda (sobre os nanodiamantes), é que eles são praticamente um dejeto, que seria produzido de uma maneira ou de outra", diz o pesquisador. "Então, ao invés de jogá-los fora como qualquer subproduto (...), podemos obter partículas bastante uniformes com dois a oito nanômetros de diâmetro".
Ho reconhece que ainda serão necessários alguns anos antes que o tratamento seja disponibilizado no mercado de serviços médicos, e que é preciso testar a técnica em animais maiores antes de partir para cobaias humanas.
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