sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Mortes por meningite aumentam 250% no Ceará

De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), foram confirmados neste ano, 51 casos de meningite no Ceará. Quatorze pessoas morreram: doze em Fortaleza, uma em Maranguape e outra em Moraújo, na região Norte.

O número, que refere-se ao período de janeiro a 2 de setembro de 2011, já é mais do que o triplo registrado no ano passado, quando quatro pessoas morreram vítimas da doença.

Neste momento, nove pacientes estão internados com meningite no Hospital São José, unidade referência em tratamento de doenças infecciosas.

Dos 51 casos de meningite registrados em 2011 no Ceará, 34 são de Fortaleza. Outros municípios cearenses que mais registraram casos foram: Camocim (3), Pacatuba (3), Maracanaú (2) e Quixeramobim (2).

A doença acomete pessoas de todas as idades, mas ocorre com maior incidência em crianças menores de 5 anos, especialmente em lactentes entre 3 e 12 meses.

Na Bahia, a Secretaria de Saúde do estado reconheceu, no último domingo (11), a existência de um surto da doença em Sauípe, a 70 quilômetros de Salvador. O caso foi verificado durante uma festa em um resort, em que três funcionários do hotel morreram vítimas de meningite meningocócica, a forma mais grave da doença.

Causas da doença

A meningite é uma doença expressa pela inflamação na meninges (membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal). Pode ser causada por bactérias ou por vírus e fungos. A maioria dos casos registrados são de meningite bacteriana. Os casos mais letais são provocados pelas variações B e C do tipo meningocócica, causada por bactérias.

Quando acometido pela doença, o paciente fica em isolamento durante as primeiras 24 horas de tratamento, período após o qual é eliminado o risco de transmissão.

Sintomas

Os principais sintomas são febre, dor de cabeça, vômitos, rigidez na nuca, sinais de irritação, convulsões e manchas vermelhas pelo corpo. A infecção também pode ser percebida pela dificuldade do paciente em dobrar o pescoço ou não conseguir dobrar a perna. Segundo o Sesa, em crianças com menos de 1 ano de idade, os sintomas podem não ser tão evidentes, sendo importante observar sinais de irritabilidade, choro persistende e sinais de afundamento da moleira.

A indicação é que, no início dos sintomas, o paciente procure um médico, uma vez que em 48h o quadro do paciente pode evoluir para estado grave.

A contaminação pode ocorrer por meio das vias respiratórias, gotículas e secreções, resultado de um contato próximo com alguém infectado.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece, gratuitamente, a vacina para combater os dois tipos mais graves da doença.

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