quarta-feira, 25 de abril de 2012

EUA confirmam quarto caso da doença da vaca louca

Doença foi detectada em uma vaca leiteira da Califórnia. A carne do animal não foi enviada para consumo humano

A doença da vaca louca é um problema neurológico normalmente fatal, com sintomas como postura anormal, dificuldade motora, agressividade, perda de peso e queda na produção de leite A doença da vaca louca é um problema neurológico normalmente fatal, com sintomas como postura anormal, dificuldade motora, agressividade, perda de peso e queda na produção de leite (Thinkstock)
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês) confirmou, nesta terça-feira, o quarto caso de encefalopatia espongiforme bovina – popularmente conhecida como doença da vaca louca – no país na história. A doença foi encontrada em uma vaca leiteira na Califórnia.

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ENCEFALOPATIA ESPONGIFORME BOVINA
A doença, descoberta em 1986, na Grã-Bretanha, afeta o gado (por isso também é conhecida como doença da vaca louca). É causada pela produção descontrolada de uma forma anormal da proteína príon. Apesar de se acumular em todo o corpo, os príons atingem principalmente as células do sistema nervoso, provocando pequenas bolhas. Quando essas células morrem, o cérebro fica cheio de pequenos 'buracos', como uma esponja. A encefalopatia espongiforme também se manifesta em humanos. Normalmente, a tendência a acumular príons é hereditária, mas a proteína também pode ser transmitida à humanos por meio de carne bovina contaminada, dando origem a uma variante da Doença de Creutzfeldt-Jakob (tipo de encefalopatia espongiforme), que leva entre 4 e 5 anos para ser incubada. Depois disso, o mal causa, no intervalo de um ano, demência grave ou morte.
Segundo o órgão, o animal foi infectado por uma forma "atípica" da doença - um tipo muito raro que, normalmente, não está associado ao consumo de alimentos contaminados. A carcaça do animal será destruída. Nenhuma parte havia sido enviada para consumo humano. A doença não é transmitida pelo leite.
"O USDA mantém a confiança na saúde do rebanho nacional e na segurança da carne e dos produtos lácteos. À medida que o inquérito epidemiológico avançar, o USDA continuará a comunicar os resultados de forma oportuna e transparente", afirmou o órgão em comunicado oficial.
Em 2011, foram notificados apenas 29 casos no mundo de encefalopatia espongiforme bovina. Dado que representa um declínio de 99% em relação a 1992, quando foram registrados 37.311 casos. A doença foi detectada pela primeira vez em 1986 na Grã-Bretanha, onde houve uma epidemia que durou até 2002. Neste período, 181.376 casos de encefalopatia espongiforme bovina foram confirmados no local, segundo a Organização Mundial da Saúde. Transmitida pela carne contaminada, infectou 129 britânicos, seis franceses, um canadense, um americano, um italiano e um irlandês, entre 1996 e 2002.

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