segunda-feira, 2 de abril de 2012

Um único doador pode ofertar 8 transplantes

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De janeiro a março deste ano, 293 transplantes de órgãos foram realizados em todo o Estado, 4,27% a mais quando comparado a igual período de2011. A meta para este ano é zerar a fila de espera por doação
FOTO: MARÍLIA CAMELO
De acordo com a Central de Transplantes, 683 pessoas ainda esperam por uma doação de órgão no Ceará

Um único doador de órgãos e tecidos pode possibilitar até oito transplantes: coração, pulmão, fígado, pâncreas, dois rins e duas córneas. A informação é da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). No dia 27 de março, uma doação completa proporcionou quatro transplantes - coração, fígado, rim e um transplante conjugado de pâncreas e rim.

Do mesmo doador foram captadas as duas córneas. Os pulmões só não foram aproveitados porque não tinha nenhum doador compatível na fila de espera.

Segundo dados da Central de Transplantes do Estado, 683 pessoas estão na fila à espera de um órgão. Dessas, 288 precisam de córnea, 226 rim, 144 fígado, 13 coração, seis pâncreas/rim, cinco medula óssea e uma pessoa precisa de um pulmão.

De janeiro a março deste ano, 293 transplantes foram realizados no Ceará, 4,27% a mais que em igual período do ano passado, quando ocorreram 281 transplantes. A Sesa destaca que ano a ano o Ceará se consolida como um dos principais centros de transplantes de tecidos e órgãos do Brasil. O órgão cita que, de acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes, o Estado está em terceiro lugar no País em número de doadores efetivos por milhão de população em 2011. O Ceará identificou, no ano passado, 373 potenciais doadores de órgão. Desses, 184 se tornaram efetivos.

Apesar do crescimento no número de doações no Estado, Eliana Barbosa, coordenadora da Central de Transplantes, enfatiza que a quantidade ainda não é suficiente. Em melhor situação está a lista de espera por transplante de córnea, na qual a pessoa tem de aguardar em média um mês para conseguir doador. A meta para este ano é zerar a fila de espera. No entanto, a coordenadora frisa algumas dificuldades, como a taxa de doadores de fígado que ainda é pequena.

Doe de Coração

Criada em 2003, pela Fundação Edson Queiroz, a campanha Doe de Coração é um movimento de conscientização realizada anualmente, por meio da veiculação de peças publicitárias nos principais meios de comunicação. Neste ano, a iniciativa chega à sua nona edição, tendo sensibilizado milhares de pessoas e sendo reconhecida nacionalmente.

LUANA LIMA
REPÓRTER

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