terça-feira, 15 de maio de 2012

Laboratório de droga que supostamente matou 500 vai a julgamento na França


O laboratório Servier e seu fundador, Jacques Servier, 90, foram a julgamento nesta segunda-feira (14) na França, acusados de esconder de pacientes e do governo os perigos da utilização de uma droga para controle de diabetes.
O medicamento Mediator, que continha o componente benfluorex, um derivado da anfetamina, foi amplamente receitado como emagrecedor. Autoridades alegam que a droga tenha sido a causa da morte de pelo menos 500 pessoas.
Após comprovado que o ingrediente engrossava as válvulas do coração, o remédio foi retirado do mercado francês em 2009, cerca de uma década depois de sair de circulação em outros países, como Espanha, Itália e os Estados Unidos.
Os promotores acusam o laboratório que a natureza do Mediator foi supostamente escondida para obter a aprovação do produto, comercializado pela primeira vez em 1976. Desde então, estima-se que o remédio tenha sido utilizado por aproximadamente cinco milhões de pessoas.
"O Servier permitiu que as pessoas utilizassem um produto tóxico por anos. Não existe discussão sobre isso", disse Charles Joseph Oudin, advogado de uma das supostas vítimas.
Michel Euler/Associated Press
Jacques Servier (ao centro, à esquerda) fundador do Laboratório Servier, ao lado de advogada durante a abertura do julgamento. Empresa é acusada de esconder que o medicamento Mediator continha anfetamina, componente responsável pelo engrossamento das válvulas cardíacas e que pode ter matado 500 pessoas
Jacques Servier (ao centro, à esquerda) fundador do Laboratório Servier, ao lado de advogada durante a abertura do julgamento. Empresa é acusada de esconder que o medicamento Mediator continha anfetamina, componente responsável pelo engrossamento das válvulas cardíacas e que pode ter matado 500 pessoas

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