sexta-feira, 11 de maio de 2012

Paralítica em traje biônico faz maratona em 16 dias


Depois de 16 dias de caminhada, uma mulher paralítica completou hoje a maratona de Londres com o auxílio de um traje biônico.
Em lágrimas, a ex-amazona Claire Lomas disse que “estava nas nuvens”. Centenas de pessoas aplaudiram sua chegada (foto AFP) e três cavalarianos serviram com guardas de honra durante os últimos metros de sua jornada.
Uma queda de cavalo há cinco anos deixou a moça paralítica, mas, desde os primeiros momentos depois do acidente, ela procurou fazer o possível para se manter ativa.
Com o traje robótico, que mimetiza as respostas que as articulações do corpo dariam se estivessem funcionando bem, a moça de 32 anos conseguiu caminhar cerca de três quilômetros por dia. Antes, passou por longas sessões de treino até aprender a controlar o equipamento.
“Várias vezes, durante o treinamento, eu tive dúvidas se iria conseguir. Mas, depois que comecei, fui vivendo um dia de cada vez, caminhando o que era possível”, disse ela.
Ao longo do caminho, foi apoiada pelo marido e pela filha do casal, que tem pouco mais de um ano, além de outros familiares. Na chegada, rasgou a fita, mas seu tempo não será oficialmente computado nem ela vai receber uma medalha da maratona de Londres –para isso, teria de ter completado a prova no mesmo dia da largada.
Apesar das regras e regulamentos, Claire, que tem 32 anos, não vai ficar sem sua medalha de maratonista: cerca de uma dúzia de outros corredores já ofereceram a ela suas medalhas em reconhecimento à luta da moça, que hoje trabalha como designer de joias.
Além de todo o esforço para controlar seu traje robótico, Claire ainda levantou fundos para a pesquisa de tratamentos para a paralisia causada por rompimento do cordão espinhal. Arrecadou na sua jornada 86 mil libras (quase R$ 270 mil).
“Algumas pessoas chegam a perder os movimentos dos braços e das pernas. É preciso encontrar uma cura”, disse ela.
Chamado ReWalk, o traje robótico que ela usou custa cerca de R$ 130 mil. Por meio de sensores de movimento e controles computadores, permite que pessoas paralíticas fiquem de pé, caminhem e até subam escadas.

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