Células saudáveis de doador poderão ser transplantadas para paciente; HUWC iniciou ampliação de leitos
A
partir de outubro, o Serviço de Transplante de Medula Óssea (TMO) do
Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) prevê o funcionamento do
serviço de transplante alogênico de medula óssea. Para que isso seja
possível, o Hospital já iniciou a ampliação de leitos - de dois para
oito - e recebeu, no fim do mês passado, novas instalações, como o ar
filtrado na unidade de leucemia, cujo objetivo é prevenir e reduzir as
infecções de pacientes transplantados e dos portadores de leucemia
aguda.
Atualmente, no Estado, existem 1.059 pessoas na lista de espera por um
transplante, de acordo com informações da Central de Transplantes
O
valor do investimento é de R$ 1,5 milhão, oriundos do Programa Nacional
de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF) e será
utilizado, também, para pequenos reparos na estrutura física e funcional
do serviço de TMO.
"Ainda não sabemos em quanto o número de
transplantes de medula vai crescer, mas temos certeza de que a
quantidade será maior, tendo em vista que as pessoas não terão mais
necessidade de sair do Ceará para realizar o procedimento alogênico,
pois poderão realizar aqui", afirmou o chefe do Serviço de TMO do HUWC,
Fernando Barroso. O Ceará será o quarto Estado da região Nordeste a
realizar o transplante alogênico. Pernambuco, Bahia e Rio Grande do
Norte já são habilitados.
Ao todo, no Serviço de Transplante de
Medula Óssea do Hospital, serão disponibilizados oito leitos - quatro
deles destinados para os pacientes do transplante autólogo, três leitos
para os pacientes do transplante alogênico e um leito para casos de
urgência e emergência.
A diferença entre os transplantes autólogo
e alogênico, é que, no primeiro, as células transplantadas são do
próprio paciente. Já no alogênico, as células são transplantadas de um
doador com genética similar ou compatível.
Treinamento
Apesar
do investimento, não é só a estrutura física que deve estar pronta para
receber os pacientes. Toda a equipe médica precisa ter domínio dos
procedimentos de saúde necessários antes e depois do transplante de
medula óssea.
Para isso, a equipe de médicos do HUWC passou,
ainda no ano passado, por um curso multidisciplinar de transplante, no
qual todo o processo da cirurgia foi discutido. "Terminamos recentemente
o módulo de radioterapia e iniciaremos os módulos de infecção, previsto
para encerrar em agosto, detalha Barroso.
Neste ano, entre
janeiro e maio, foram realizados 480 procedimentos de transplantes no
Estado. Os dados são da Central de Transplantes do Ceará. Em 2012, entre
janeiro e junho, de acordo com o Ministério da Saúde, o Ceará realizou
588 transplantes de órgãos. O total de procedimentos no ano passado
chegou a 1.217 cirurgias.
Apesar dos números animadores, a lista
de espera continua grande no Estado. Atualmente, conforme a Central de
Transplantes, são 1.059 pessoas que aguardam por um novo órgão e pela
chance de viver com mais tranquilidade.
Doe de Coração
Com
a intenção de contribuir para a conscientização da doação voluntária de
órgãos e, consequentemente, para o crescimento do número de doadores, a
Campanha Doe de Coração, há dez anos, vem realizando iniciativas que
têm levado esperança e alegria a milhares de pessoas.
Em 2008, a
Doe de Coração foi reconhecida nacionalmente pela Associação Brasileira
de Transplante de Órgãos (ABTO) recebendo o prêmio Amigo do Doador
concedido à Fundação Edson Queiroz.
A campanha é promovida pela
Fundação Edson Queiroz, com o apoio do Sistema Verdes Mares e parceria
da Universidade de Fortaleza (Unifor).
LÍVIA LOPES
REPÓRTER
quinta-feira, 6 de junho de 2013
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