segunda-feira, 3 de junho de 2013

Concurso da Anvisa é marcado por confusão em 4 capitais

Rio, Brasília, Alagoas e Bahia tiveram problemas. Agência vai analisar os casos

Candidatos denunciam, na delegacia, série de problemas durante provas do concurso público da Anvisa
Candidatos denunciam, na delegacia, série de problemas durante provas do concurso público da Anvisa (Gustavo Stephan/ Agência O Globo/)
O concurso público para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), realizado neste domingo, foi marcado por desorganização e tumultos em pelo menos em quatro capitais. Candidatos reclamaram de problemas no Rio de Janeiro, em Alagoas, na Bahia e em Brasília durante a prova para uma das 314 vagas disponíveis, com salários entre 4,7 mil e 10 mil reais.
Na capital fluminense, houve falhas nas mudanças dos locais das provas, além de atrasos e violação de lacres. No Colégio Estadual Vicente Jannuzzi, na Barra da Tijuca, Zona Oeste, os testes que deveriam ter sido entregues às 8 horas, só foram distribuídos pouco antes das 13 horas. Durante as cinco horas de espera, em meio a discussões, candidatos afirmam não ter recebido qualquer explicação dos organizadores.
Muitos foram embora sem conseguir realizar a prova e alguns recorreram à polícia para tentar cancelar o concurso. Outros realizaram os testes com os celulares nas mesas - o que é proibido. De acordo com eles, o atraso teria ocorrido em função da mudança do local da prova. A avaliação, que seria realizada na Barra da Tijuca, foi transferida para o Cefet, nas imediações do Macaranã, na Zona Norte, mas devido ao amistoso entre Brasil e Inglaterra, o local da prova voltou à Zona Oeste, o que causou confusão.
Outros estados - Em Brasília, candidatos também registraram ocorrências nas delegacias apontando irregularidades. Assim como no Rio, muitos candidatos afirmaram que concorrentes usaram aparelhos eletrônicos durante a prova. Os problemas se repetiram na Bahia, onde os aspirantes aos cargos afirmam que houve vazamento de informações. Em Alagoas, os inscritos dizem que a folha de respostas tinha espaço para marcação de 60 questões - vinte a menos do que o total da prova.
Em nota, a Anvisa disse que tomou conhecimento dos problemas e afirmou que "avaliará a natureza das ocorrências e adotará todas as medidas para preservar a lisura do concurso e o direito de todos os participantes".
Confira a nota da Anvisa na íntegra:
"A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, informa que está acompanhando a aplicação da prova do concurso público da agência, realizada nas 27 Unidades da Federação neste domingo (02/06/2013). A elaboração e execução deste certame nacional está a cargo da empresa Cetro Concursos Públicos.A Anvisa tomou conhecimento de problema ocorrido na cidade do Rio de Janeiro por mudança de local da aplicação da prova. Prevista para o Cefet da unidade Maracanã o local foi transferido para a Escola Vicente Januzzi, na Barra da Tijuca, em virtude do amistoso de futebol Brasil e Inglaterra neste domingo.Os inscritos foram avisados por meio de mensagens enviadas para celular e por e-mail. A empresa Cetro também publicou a informação no Diário Oficial da União (DOU) do dia 29 de maio, quarta-feira. A Anvisa também foi informada de eventos registrados na aplicação das provas no Distrito Federal e em Alagoas.A contratação da empresa Cetro para a realização das provas ocorreu após consulta pública. Quatro empresas apresentaram propostas, mas com o valor da inscrição para o concurso superior a R$ 240,00. Apenas a Cetro ofereceu inscrição por R$ 70,00 e condições de realizar a prova no mesmo ano da publicação do edital. Além disto, a CETRO já havia realizado um concurso público nacional para a Anvisa, em 2010, para a contratação de técnico administrativo.A Anvisa avaliará a natureza das ocorrências e adotará todas as medidas para preservar a lisura do concurso e o direito de todos os participantes."

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