Apesar do sinal amarelo para 71% dos municípios, houve uma redução de 80% nos casos de dengue na comparação entre o primeiro bimestre deste ano e o do ano passado
Marcela Mattos

Dengue: doença é transmitida pela fêmea do mosquito 'Aedes
aegypti', que se desenvolve preferencialmente em ambientes onde há
focos de acúmulo de água parada
(Getty Images)
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DENGUEÉ a doença endêmica mais disseminada no Brasil, presente em todos os estados. Causa febre aguda e pode matar. Em alguns casos, os sintomas podem não aparecer. Quando se manifestam, o paciente sente dores de cabeça, febre e dores no corpo. A doença é transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve preferencialmente em ambientes onde há focos de acúmulo de água parada. O mosquito transmite o vírus do gênero Flavivírus, pertencente à família Flaviviriade. Possui quatro tipos conhecidos: 1, 2, 3 e 4.
Na escala usada como referência pela pasta, são considerados em risco os municípios que apresentam larvas de mosquito transmissor da dengue em mais de 4% dos imóveis pesquisados. Se o índice estiver entre 1% e 3,9%, as cidades são consideradas em alerta. Já diante da presença de menos de 1% do Aedes aegypti, o índice é considerado satisfatório.
Nas capitais, há risco de contaminação da doença em Belém (PA), Palmas (TO), Porto Velho (RO) e Cuiabá (MT). Já Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Boa Vista (RR), Manaus (AM), Maceió (AL), Natal (RN), Recife (PE), São Luís (MA), Aracaju (SE), Belo Horizonte (MG), Vitória (ES), Campo Grande (MS) e Goiânia (GO) estão em alerta.
De acordo com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, por causa das características climáticas e da localidade do país, é esperada a possibilidade da doença no período de maior incidência — entre janeiro e maio — em boa parte do território nacional. “Agora nós temos algumas ferramentas para dizer a situação em cada Estado e região. O fato de ter a presença da larva não significa que vai ter dengue. Isso depende da condição de imunidade da própria população, que varia se houve epidemias fortes e se foram esgotados o número de pessoas suscetíveis à doença”, disse Chioro. O ministro apontou ainda para o aumento no número de municípios analisados pelo LIRAa: 48% a mais em comparação ao ano passado.
Em relação ao número de casos, entre janeiro e fevereiro deste ano, foram registradas 87.000 notificações da dengue, ante 427.000 no mesmo período do ano passado — uma redução de 80%. Desse total, 420 casos foram considerados graves (ante 2.621 no ano passado) e nove levaram à morte (em 2013, houve 192 óbitos neste período).
O levantamento aponta ainda que dez Estados concentram 86% dos casos de dengue registrados este ano. Goiás lidera o ranking, com 22.850 registros. Em seguida estão São Paulo, com 16.147 casos, e Minas Gerais, com 14.089 infectados pela doença. As cidades com maior incidência são Goiânia (6.089), Luziânia (2.888), Aparecida de Goiânia (1.838) e Campinas (1.739).
O Ministério da Saúde orienta que um médico deve ser procurado logo nos primeiros sintomas da dengue, como febre, dor de cabeça e no fundo dos olhos, já que a automedicação pode mascarar os sintomas e dificultar o diagnóstico da doença.
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