A candidíase é muito comum entre as mulheres. Você sabe como tratar esta infecção?
Reportagem: Gabriela Queiroz | Foto: Thinkstock

A candidíase é uma infecção provocada pelo fungo Cândida Albicans. "Pelo menos uma vez na vida 75% a 80% das mulheres terá a candidíase", afirma Poliani Prizmic, ginecologista e obstetra do hospital e maternidade São Luiz.
A candidíase não é considerada uma DST, já
que no nosso corpo existe o fungo adormecido. Nas mulheres ele fica
dentro da flora vaginal e intestinal e, nos homens, em forma de esporos
no pênis. Dentre as formas de proliferação, está o ato sexual, em que o
homem ou a mulher, podem vir a contaminar o parceiro. Por isso, as
mulheres com vida sexual ativa são mais propensas à doença.
"Mesmo
que a relação seja praticada com camisinha, o pênis faz um microtrauma
na parede da vagina, assim a mulher fica mais predisposta à doença",
explica a ginecologista. A doença conta também com outras propensões. "A
candidíase pode estar associada à baixa imunidade, uso de antibióticos,
anticoncepcionais, corticoides, e até mesmo à alimentação", explica
Poliniani.
Além desses fatores, há o famoso
biquíni molhado. "No verão a candidíase é mais comum, pois a temperatura
está mais alta e utiliza-se mais biquíni/maiô do tipo Lycra", diz
Eduardo Zlotnik, ginecologista e obstetra do hospital Albert Einstein.
No entanto, na maioria das vezes, a crise desse fenômeno está ligada aos
casos de baixa imunidade e de uma dieta rica em farinha branca e
açúcar, que acabam por modificar o pH da vagina, o deixando mais ácido e
ideal para a proliferação da Cândida Albicans.
Sintomas e tratamentos
A
candidíase desperta nas mulheres coceira na vagina e no canal vaginal,
corrimento, dores para urinar e também nas relações sexuais. Para o
tratamento, é feito o uso de remédio antifúngico oral e creme vaginal,
por mais ou menos uma semana. É preciso também "evitar tecidos que
aumentem a temperatura local e roupas apertadas, e até mesmo dormir sem
calcinha pode ajudar a melhor ventilação local", afirma o ginecologista e
obstetra Eduardo Zlotnik, do hospital Albert Einstein.
Segundo
Poliani, a combinação de uma alimentação correta e nutritiva é muito
importante para que a cura seja alcançada e se evite a reincidência da
doença. Uma vez que o sistema imunológico forte não abre espaço para a
candidíase.
Alternativa
Em entrevista à
revista BOA FORMA,o ginecologista José Bento, dos hospitais Albert
Einstein e São Luiz, afirmou que antes de as pessoas começarem o
tratamento por remédios, seria interessante investir primeiro em
mudanças nos hábitos alimentares.
O
ginecologista afirma que restringir os doces e carboidratos da dieta do
dia a dia pode atuar diretamente na candidíase. Outra mudança alimentar
proposta pelo médico é a introdução na cardápio de alimentos com ação
antifúngica. São eles: o alho, o alecrim, a cebola e o orégano.
Conheça alguns vilões da candidíase:

1. Álcool: sua composição é feita pela fermentação de açúcares
2. Tomates: são considerados ácidos e acabam por alterar o PH vaginal
3. Pães: são carboidratos, que também fazem parte da família dos açúcares, aumentando a chance de proliferação do fungo
4. Uva-passa: quase sempre contam com fungos em sua composição
5. Leite e queijos: fermentados pelos fungos podem fazer com que o corpo fique propenso a proliferação da Cândida Albicans
6. Açúcar: ele modifica o PH da vagina proliferando o aparecimento de fungos
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