terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Leptospirose tem aumento de 255% no Ceará

O último boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), divulgado este mês, apontou que, em 2009, foram confirmados 281 casos de leptospirose no Ceará, o que significa um aumento de 255,69% , comparado-se a 2008, quando foram confirmados 79 casos.No ano passado, morreram nove pessoas vítimas da doença, dos quais seis na Capital. Comparado a 2008, quando foram quatro óbitos, o crescimento é de 125 %. Este ano, a Secretaria da Saúde não notificou nenhuma caso de leptospirose.Fortaleza e a cidade de Várzea Alegre, na região do Cariri, são responsáveis pelo maior número de pessoas com a doença, 48 casos cada uma. A letalidade registrada foi de 3,3%. Quanto a situação da Capital, o chefe do setor de Animais Finantrópicos, do Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Galbo Marques de Freitas, informou que medidas vem sendo tomadas pontualmente durante o ano e atribui o aumento no número de casos ao índice pluviométrico mais prolongado em 2009. “Quanto mais água, maior número de contaminação da população”.Com relação as medidas sanitárias, Freitas disse que Prefeitura faz diariamente o trabalho de desratização nas áreas de risco da cidade, como favelas, margens de rios, canais e lagoas. “Essa ação é feita em parceria com a antiratização, que é a conscientização da população para evitar o acúmulo de lixo, entulho e material de construção tanto nas ruas, quanto dentro de suas próprias residências”, informou.Freitas disse, ainda, que nos meses de outubro, novembro e dezembro, período que antecede as chuvas, essas ações são intensificadas. “Até o momento estamos trabalhando mais com a educação em saúde, com a qual obtemos um resultado mais positivo”.Ele informou, também, que faz parte dessa ação a campanha “Quintal Limpo”, que consiste na conscientização da população. “Os ratos só precisam de água, alimento e abrigo. Devemos evitar esses fatores”.O diretor do Hospital São José, infectologista Anastácio Queiroz, alertou para os sintomas da doença, muitas vezes comum a várias viroses. “A leptospirose pode, muitas vezes, ser confundida com outras doenças”. De acordo com o infectologista, os principais sintomas são dores no corpo e na cabeça. “Um dos sinais de alerta é a dor nas panturrilhas, que impede o indivíduo de andar”, ressalta.De acordo com Queiroz, a patologia ainda pode comprometer o fígado e os rins, fazendo com que o paciente precise se submeter à hemodiálise. Ainda segundo o infectologista, a suspeita da doença é confirmada através de sorologia, feita no exame de sangue e o tratamento é à base de antibióticos, hidratação e analgésicos.Segundo dados divulgados pelo boletim da Sesa, a doença acomete, em especial, trabalhadores ligados à agricultura e pecuária (37%), além de estudantes (14,8%) e donas-de-casa (11,1%). A população masculinaé a mais atingida pela doença, com 85,8% dos casos e a incidência maior está na faixa etária de 20 a 49 anos.PREOCUPAÇÃO-9 mortes por leptospirose foram registradas no ano passado,em todo o Ceará, conforme o boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado281 casos da doença foram notificados em 2009, no Estado, contra 79 registros confirmados em 2008. O aumento dos casos é um alerta para moradores de áreas de risco e favelas.
MAIS INFORMAÇÕES-Para dúvidas sobre ações preventivas acesse http://www.saude.ce.gov.br/ ou pelo telefone (85) 3101.5123

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