sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Jornalistas contraem malária

Em meio à destruição e ao sofrimento, o povo haitiano – e todos aqueles que se envolveram com o terremoto, seja na cobertura jornalística ou na ajuda internacional – enfrenta outro problema: a malária. Três jornalistas de sucursais brasilienses de grandes veículos de imprensa, por exemplo, retornaram do Haiti ao Brasil após serem infectados pela doença. Além disso, está sendo investigada a suspeita de malária em outro repórter que fazia cobertura no local.
Na tarde de ontem, os jornalistas foram procurados pelo Jornal de Brasília e confessaram estar em fase de recuperação. Um deles, que preferiu não ser identificado, afirmou ter recebido todo o apoio do Exército Brasileiro enquanto estava no Haiti.
O Centro de Comunicação Social do Exército informou que os casos de malária apresentados por militares são pequenos, mesmo considerando a área endêmica e o efetivo de brasileiros na missão, desde 2004, de acordo com referenciais adotados pelos organismos de saúde em relação à doença. Além disso, o centro garantiu que medidas estão sendo adotadas para prevenir e proteger militares e jornalistas brasileiros da malária. De acordo com o coronel Albino, uma das ações é o tratamento da água no quartel, feito pela Companhia de Engenharia do Exército.
Os militares e jornalistas foram recomendados a adotar medidas profiláticas, como o uso de redes contra mosquitos durante a noite, quando ocorre a maioria das infecções, bem como de cremes repelentes e espajidor de inseticida. Em nota, o Exército informou que a avaliação médico-sanitária dos militares da Minustah será realizada com base no histórico médico, no exame físico e nos exames complementares, entre os quais estão os laboratoriais e a avaliação odontológica e psicológica.
A imunização da tropa será realizada após analisar o cartão de vacinação e os exames sorológicos. As vacinas obrigatórias são as de Febre Amarela, Tifo (typhin), Difteria e Tétano, Hepatite "A" e "B", assim como a Tríplice viral (para evitar Sarampo, Rubéola e Caxumba) e a Sabin, contra a Poliomielite, mais conhecida como paralisia infantil. O Exército enfatizou ainda estar à disposição para oferecer serviços médicos aos repórteres brasileiros que precisarem de ajuda no Haiti.

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