Incidência das duas doenças cresce de 5 a 7% nos meses mais frios do ano
Patricia Orlando

Gripe: doença debilita sistema imune e facilita a entrada de bactérias no organismo
(George Doyle/Thinkstock)
Ao contrário da crença popular, o choque térmico e o frio não são capazes de desencadear resfriado ou gripe. O resfriado é causado por mais de 200 tipos de vírus, dos quais o rinovírus e o coronavírus são os mais comuns. A gripe é provocada por apenas um vírus, o influenza, que possui variações.
Além do agente infeccioso, as duas doenças se diferenciam pela intensidade dos sintomas e sua duração. O resfriado dura, no máximo, uma semana e manifesta três sinais: coriza, mal-estar e espirro. A gripe, por sua vez, demora de uma a duas semanas para passar e, em acréscimo aos sintomas do resfriado, causa febre acima de 38 graus Celsius, tosse e dores no corpo. A disparidade se deve à ação do influenza, que cai na corrente sanguínea e compromete o pulmão e os músculos, enquanto os vírus causadores do resfriado circulam apenas nas vias aéreas do paciente.
Um resfriado não causa consequências sérias à saúde de uma pessoa. A gripe, por sua vez, debilita o sistema imunológico e facilita a entrada de bactérias no organismo — abre caminho para uma pneumonia, por exemplo. Por isso, o repouso é recomendado nos dias em que os sintomas da gripe estão mais intensos. Como medida preventiva, o Ministério da Saúde recomenda a vacina da gripe a pessoas com imunidade baixa, como grávidas, crianças de seis meses a cinco anos de idade, idosos com mais de 60 anos, doentes crônicos e mulheres até 45 dias depois do parto.
O tratamento da gripe e do resfriado é focado na medicação dos sintomas. "As duas doenças são combatidas pelo organismo de forma eficiente", afirma o clínico geral Paulo Olzon, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Analgésicos, como a dipirona, e antitérmicos são recomendados apenas na presença de fortes dores musculares e de febre acima de 38 graus Celsius.
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