Empresa cria microchip para ser implantado sob a pele e que libera medicações por até 16 anos
Cilene Pereira (cilene@istoe.com.br)
Um microchip
colocado sob a pele promete se transformar na maneira mais cômoda para o
tratamento de doenças crônicas como a hipertensão ou condições que
exijam a administração cotidiana de medicações, como é o caso dos
anticoncepcionais. O pequeno aparelho é programado para liberar
medicamentos na dose e no tempo indicados pela necessidade e também pode
ser controlado por médico e paciente por sistema wireless.

A novidade foi criada pela empresa
americana MicroChip, que conta em seu quadro com especialistas do
prestigiado Massachusetts Institute of Technology (MIT). É feita para
ser implantada sob a pele das nádegas, da parte superior do braço ou do
abdome. O primeiro teste foi realizado para a verificação da eficácia no
controle da osteoporose, doença caracterizada pelo enfraquecimento
ósseo. Sete mulheres com idade entre 65 e 70 anos antes medicadas com
uma injeção diária receberam o implante, preenchido com remédio contra a
enfermidade. Ficou comprovado que o aparelho foi capaz de administrar o
medicamento da forma correta, controlando a doença.
Agora, os pesquisadores da empresa se
preparam para iniciar um novo estudo clínico, dessa vez para examinar a
eficácia do implante na liberação de um anticoncepcional. “O microchip
contém doses mensais do remédio”, informou à ISTOÉ Robert Farra, da
MicroChip. “O controle wireless do produto permitirá à mulher ligar ou
desligar o aparelho. Se ela quiser ter um filho, pode simplesmente
desativá-lo”, explicou. De acordo com a empresa, essa versão preparada
com o anticoncepcional pode ficar implantada por até 16 anos.
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