quinta-feira, 24 de julho de 2014

Médico que lidera combate ao ebola na África contrai a doença

Segundo a OMS, desde fevereiro a moléstia causou 632 mortes no oeste africano — 50 delas entre profissionais de saúde

Vírus Ebola: Epidemia na África já causou mais de 600 mortes neste ano
Vírus Ebola: Epidemia na África já causou mais de 600 mortes neste ano (Reprodução)
O médico que lidera o combate à epidemia do vírus ebola em Serra Leoa contraiu a doença, informou nesta quarta-feira a presidência do país. O virologista Sheik Umar Khan, de 39 anos, está internado em um hospital de Kailahun, cidade que concentra grande parte da epidemia.
Descoberto em 1976, na atual República Democrática do Congo, o vírus do ebola é muito contagioso e o índice de mortalidade pode atingir 90%. Não existe cura ou vacina contra a febre do ebola, que se manifesta com hemorragias, vômitos e diarreia.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, desde fevereiro deste ano, quando começou o surto em três países no oeste da África — Serra Leoa, Libéria e Guiné —, houve 632 mortes pela doença. No início do mês, a OMS considerou o surto como "a maior epidemia em termos de pessoas afetadas, de mortos e de extensão geográfica".
Em comunicado, o governo de Serra Leoa se referiu a Khan como um "herói nacional". Segundo a nota, ele tratou mais de cem pacientes infectados pelo ebola e recentemente foi transferido para um centro médico coordenado pela instituição de caridade Médicos Sem Fronteiras. Não foram divulgados detalhes sobre o estado de saúde do virologista ou sobre de que forma ele contraiu o vírus.
Há três dias, três enfermeiras que trabalhavam no mesmo centro médico que Khan morreram em decorrência da moléstia. Segundo a OMS, 100 profissionais de saúde já foram infectados pelo ebola nos três países endêmicos desde o início do surto, sendo que cinquenta morreram.

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