segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Novo guia de nutrição americano deve liberar o ovo e limitar o açúcar

Documento elaborado por especialistas, que serve de base para o guia nutricional do governo, retirou a recomendação de evitar alimentos ricos em colesterol

Publicação voltou atrás na recomendação de que se deve evitar ao máximo a gordura
Publicação voltou atrás na recomendação de que se deve evitar ao máximo a gordura (Comstock/VEJA)
Um documento escrito por mais de 100 especialistas em saúde e nutrição para o governo americano liberou o consumo de alimentos ricos em colesterol, como o ovo, e, pela primeira vez, limitou a ingestão de açúcar. O texto serve como base científica para o guia nutricional do país, que será divulgado neste ano, ainda sem data definida.
Publicado na quinta-feira, o Dietary Guidelines Advisory Committee afirma que os americanos estão comendo muito sal, açúcar e gordura saturada, e quantidades insuficientes de alimentos saudáveis como frutas, vegetais, grãos integrais, nozes e peixe.

Para prevenir obesidade e doenças crônicas, o levantamento estabeleceu um teto para o consumo diário de açúcar: no máximo, 10% do total de calorias ingeridas, ou cerca de 12 colheres de chá. Atualmente, os americanos consomem de 22 a 30 colheres de chá de açúcar por dia, oriundas principalmente de sucos industrializados e refrigerantes. Por esse motivo, o documento recomenda que essas bebidas sejam banidas nas escolas do país.
A publicação voltou atrás no que diz respeito ao consumo de alimentos ricos em colesterol, como ovos e camarão. A mudança veio depois de pesquisas mostrarem que essa gordura proveniente da alimentação tem efeito quase nulo sobre os níveis de colesterol para a maioria da população. A gordura, diz o levantamento, deve representar no máximo 35% das calorias diárias, de preferência de fontes como azeite, frutas oleaginosas e peixes, como preconiza a dieta do mediterrâneo.
Mudanças — As novas diretrizes podem afetar milhões de americanos, principalmente crianças. As escolas americanas utilizam a publicação para elaborar o cardápio das refeições diárias de quase 30 milhões de alunos no país.

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