Incidência da doença e óbitos estão caindo; coordenador da Sesa ressalta a importância da vacinação
Nos
quatro primeiros meses do ano - janeiro, fevereiro, março e abril - o
Ceará registrou 14 casos de meningite meningocócica, dos quais seis
foram em Fortaleza e os demais no Interior do Estado. Nesse período,
foram contabilizados seis óbitos, em Pacatuba, Frecheirinha e Juazeiro
do Norte. Segundo mostra o boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde
do Estado (Sesa), tanto a incidência das doenças como os óbitos estão
caindo.
O
calendário de vacinação deve ser mantido rigorosamente em dia para
evitar a doença, que no Ceará tem comportamento endêmico Foto: Rodrigo
Carvalho
Em 2011, foram confirmados 75 casos, com 20 óbitos,
em 17 municípios. O ano de 2012 apresentou 86 casos da doença, com 18
mortes em 23 municípios. Para o coordenador de Promoção e Proteção à
Saúde da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), Manoel Fonsêca, a
incidência vem caindo devido a vários fatores, tais como o aumento da
vacinação e a maior procura pelo diagnóstico e pelo tratamento.
O
médico explicou que, somente nos quatro primeiros meses do ano passado,
houve a comprovação de 44 registros da doença. "Estamos conseguindo
avançar nesse controle", citou, porém alertando que nos primeiros
sintomas é preciso procurar atendimento médico e manter o calendário de
vacinas das criança rigorosamente em dia.
Entre os sintomas da
meningite estão febre, dor de cabeça intensa, vômitos e manchas na pele.
Nos bebês, a atenção deve voltar-se para a ocorrência de fontanela
abaulada e o choro persistente, disse o médico. "O diagnóstico e o
tratamento precoces são o fundamentais para prevenir óbitos", enfatizou.
Infecção
A
meningite é causada por vários vírus e bactérias. Na literatura médica,
dita como uma infecção que se instala principalmente quando uma
bactéria ou vírus, por alguma razão, consegue vencer as defesas do
organismo e ataca as meninges, três membranas que envolvem e protegem o
encéfalo, a medula espinhal e outras partes do sistema nervoso central.
No
Ceará, a doença, via de regra, vem apresentando comportamento endêmico.
"Com o aumento da vacinação, há uma menor circulação dos vírus",
observa Manoel Fonsêca. No caso das meningites virais, no Estado, houve
nos últimos anos três picos (aumento de casos), em 1999, 2008 e 2009.
Essa patologia é distribuída em todas as faixas etárias, com maior
ênfase entre as crianças, principalmente aquelas menores de um ano de
idade. Já a ocorrência da meningite tuberculosa está, atualmente, muito
associada à epidemia (mesmo que lenta) da Síndrome da Deficiência
Imunológica Adquirida (Aids).
quarta-feira, 1 de maio de 2013
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário