Semana Nacional de Doação de Órgãos começa segunda-feira, mas alguns hospitais já iniciaram atividades
No
Ceará, somente do mês de janeiro até ontem, foram realizados 891
transplantes de órgãos e tecidos, contudo a fila de espera ainda
registra 991 pessoas. "As doações e os transplantes vêm aumentando, mas é
preciso avançar mais", considera a coordenadora da Central de
Transplante no Estado, a nefrologista Eliana Barbosa, para quem a
participação da sociedade e das equipes médicas, bem como as campanhas
na mídia, têm sido determinantes para diminuir a lista de espera.
Apesar
da conscientização e das campanhas em prol da causa, a fila de espera
ainda registra 991 pessoas, segundo dados da Central de Transplante do
Estado
O Ceará já é referência em transplantes, lembra a
médica, adiantando que, embora a Semana Nacional de Doação de Órgãos
esteja prevista para começar na próxima segunda-feira, em Fortaleza
muitos hospitais já estão desenvolvendo a sua programação. "O Dia do
Doador, 27 de setembro, será mais uma oportunidade para sensibilizar a
população sobre a importância deste gesto", comentou.
Em âmbito
nacional, as atividades da semana irão até o próximo domingo e serão
desenvolvidas pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos
(ABTO). No Ceará, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) lançará a sua
campanha na quarta-feira, dia 25, prometendo uma vasta programação.
A
doação de córnea é a mais comum no Estado, mas também é o tecido de
maior procura. A lista de espera ativa registra 497 inscritos aguardando
córnea. Em segundo lugar, vem o rim (313) e em terceiro o fígado (141),
seguido de médula óssea (14), coração (12), pâncreas sem rim (9),
pulmão (4) e pâncreas isolado (1). "É muito importante incentivar a
doação voluntária", enfatiza Eliana Barbosa, acrescentando que vários
fatores vêm estimulando o aumento das doações.
Destaca a atuação
das comissões intra-hospitalares e de equipes de transplantes. "O apoio
do Estado e a vontade política têm sido determinantes nessas
estatísticas, além da parceria com a sociedade", observou, citando a
participação de associações de pacientes transplantados e de portadores
de insuficiência renal e hepatite, além de campanhas dos meios de
comunicação, com ênfase para a Campanha Doe de Coração, desenvolvida
pelo Sistema Verdes Mares.
Doe de Coração
"A
Campanha Doe de Coração busca a qualidade de vida", cita a médica. Uma
iniciativa da Fundação Edson Queiroz com apoio do Sistema Verdes Mares e
parceria da Universidade de Fortaleza (Unifor), em 2013 o movimento
comemora 11 anos de existência, contribuindo de forma decisiva para o
Ceará despontar em segundo lugar no ranking dos estados que mais fazem
transplante no Brasil.
Segundo a Associação Brasileira de
Transplante de Órgãos (ABTO), no País, atualmente, cerca de 30 mil
pessoas aguardam na fila de espera por um órgão ou tecido, mas de cada
dez abordadas, quatro se negam a doar os órgãos de seus familiares. A
recusa da família é considerado um dos maiores entraves.
MOZARLY ALMEIDAREPÓRTER
sábado, 21 de setembro de 2013
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