quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Médicos que não apareceram serão banidos do programa

Profissionais que faltaram nos primeiros dias do Mais Médicos não poderão participar de futuros ciclos de seleção do programa

Médicos estrangeiros começam treinamento para trabalhar no Brasil. o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, abriu hoje, em Brasília, o primeiro curso de avaliação dos profissionais que já chegaram ao país
Médicos estrangeiros começam treinamento para trabalhar no Brasil. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, abriu, em Brasília, o primeiro curso de avaliação dos profissionais que já chegaram ao País (Fernando Bizerra Jr./EFE)
Profissionais que se inscreveram no Mais Médicos e não comparecerem ao trabalho serão excluídos, definitivamente, do programa, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Embora não tenha ainda fechado o número de desistências, Padilha afirmou que o plano será levado “até o fim” e todos os recursos serão usados para providenciar profissionais para locais desassistidos."“Vamos buscar médicos até na China”", disse.
Pelo cronograma oficial, médicos inscritos na primeira fase (brasileiros e estrangeiros com diploma validado no País) deveriam ter se apresentado na última segunda-feira para o início do trabalho. Levantamentos informais mostram, no entanto, que uma parte expressiva não compareceu e outra desistiu já nos primeiros dias de trabalho. O ministério deu uma tolerância para médicos se apresentarem ao trabalho. As prefeituras poderiam, no entanto, relatar até essa quarta-feira à noite casos de desistência ou abandono. Com isso, voltariam a integrar a lista para preenchimento das vagas.
Editais mensais — A ideia do governo é realizar, mensalmente, editais para convocação de profissionais interessados em participar do programa Mais Médicos. Prefeituras que ainda não se inscreveram também podem fazer a inscrição nos editais mensais. Nos dois ciclos de inscrição feitos até agora, o governo registrou adesão de 4.025 cidades. Foram solicitados 15.460 médicos. Nesta segunda etapa, 1.414 médicos brasileiros e 1.602 estrangeiros se candidataram. No primeiro ciclo, foram 1.096 brasileiros e 282 estrangeiros. Os profissionais recebem, por uma jornada semanal de 40 horas, uma bolsa no valor de 10.000 reais, além do pagamento de despesas de moradia e alimentação.
Padilha disse não temer que a baixa adesão prejudique programa. "“Estamos só no começo, há uma longa caminhada”", disse. De acordo com ele, a infraestrutura dos locais e a carga horária dos profissionais serão acompanhadas de perto. Lançado em julho, o programa é duramente criticado por entidades médicas, sobretudo pela contratação de profissionais vindos de Cuba. O recrutamento de médicos cubanos foi formalizado há duas semanas, depois da primeira etapa de inscrição de brasileiros.
(Com Estadão Conteúdo)

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