quarta-feira, 1 de março de 2017

O que é cirrose – causas, sintomas e tratamento

Conheça os sinais, os fatores de risco e o tratamento dessa lesão no fígado, muito ligada ao excesso de bebidas alcoólicas e à obesidade


A cirrose é o desfecho de lesões no fígado que se cicatrizam, fazendo com que o órgão vá perdendo sua função e caminhe para a falência completa. É resultado de inflamações e agressões crônicas como o ataque de vírus (hepatites A,B,C…) ou abuso de bebidas alcoólicas. O tecido do fígado fica, com o tempo, todo fibroso e deixa de realizar tarefas primordiais para o organismo, como o processamento de nutrientes e medicamentos, a fabricação de proteínas e a produção da bile, que atua na digestão.
O grande perigo da cirrose hepática é que ela é silenciosa durante anos. Ou seja, o fígado, mesmo sofrendo agressões, parece não reclamar. Isso atrasa o diagnóstico, que, no Brasil, ainda se dá na maioria das vezes em estágio avançado — fase em que costumam aparecer os sintomas.
Como o problema não tem cura (nem pode ser revertido), a solução pode ser o transplante de fígado. A recomendação, portanto, é ficar atento se houver fatores de risco para a doença (hepatites crônicas, etilismo, presença de gordura no fígado…) para flagrá-la quanto antes e poder estacionar seu avanço.

Sinais e sintomas

– Pele amarelada (icterícia)
– Inchaço no abdômen
– Emagrecimento
– Fraqueza
– Perda de apetite
– Mau hálito intenso
– Nódulos amarelados pelo corpo (sobretudo próximos da pálpebra)
– Tosse e vômito com presença de sangue
– Perda de cabelo

Fatores de risco

– Consumo excessivo de bebidas alcoólicas
– Excesso de peso e obesidade
– Hepatites (sobretudo as do tipo B e C)
– Predisposição genética
– Idade acima de 40 anos
– Uso (ou abuso) de medicamentos
– Diabete

A prevenção

A melhor maneira de prevenir a cirrose hepática é adotar um estilo de vida mais saudável, evitando exageros de bebidas alcoólicas, dieta muito calórica e a automedicação. Outro fator de proteção é se proteger dos vírus das hepatites, sobretudo o tipo B — para o qual existe vacina.
O uso de preservativo em relações sexuais também resguarda o organismo contra o agente viral. O tratamento de hepatites crônicas, como a do tipo C, é crucial para impedir que o fígado entre em cirrose e, com isso, perca suas funções.

O diagnóstico

O gastro ou hepatologista apura o histórico do paciente e analisa o estado do fígado com exames de imagem como o ultrassom. Frequentemente é necessário realizar uma biópsia para avaliar o tecido com um microscópio.

O tratamento

O objetivo é impedir que a cirrose se alastre e se agrave. O fundamental no plano terapêutico é identificar a causa do problema e cortar a agressão — seja o vírus da hepatite, seja a ingestão de álcool, seja a presença de gordura, a esteatose hepática.
Alguns medicamentos podem ser receitados nesse trajeto para poupar o fígado e o acompanhamento com exames se torna importante para avaliar a evolução do quadro e flagrar eventuais nódulos malignos no fígado, mal que pode aparecer em paralelo à cirrose. Casos mais graves de cirrose acabam sendo encaminhados para o transplante de fígado — o órgão perdido é substituído por outro, de um doador.
Os médicos, no entanto, tentam o possível para não chegar a essa solução. Daí a importância da detecção precoce.

Nenhum comentário:

Postar um comentário