domingo, 22 de novembro de 2009

DPOC atinge 180 mil pessoas

Embora muitas pessoas ainda desconheçam a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), ela é a quarta maior causa de morte do mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Em Fortaleza, estima-se que 180 mil tenham a doença, revelam pesquisadores da Liga do Pulmão da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC).Na manhã de ontem, quem passou pela Praça do Ferreira teve a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a doença, realizar exames e também conversar com médicos para tirar possíveis dúvidas sobre os principais sintomas. O evento é uma iniciativa da Sociedade Cearense de Pneumologia e Tisiologia em parceria com a Liga do Pulmão da UFC.Segundo o pneumologista Janderson Matos, cerca de 25% dos fumantes possuem DPOC, e a maioria deles é jovem, já que apenas 6% do total têm mais de 40 anos. O tabagismo é um dos principais fatores de risco. A doença só é confirmada por espirometria, um método de diagnóstico que permite a avaliação de diversos parâmetros da função pulmonar.A DPOC prejudica a capacidade do indivíduo de respirar progressivamente. Portanto, o tratamento deve ser contínuo para tentar diminuir a progressão da doença. "Os medicamentos mais utilizados são os broncodilatadores, corticoides e antibióticos. Essa enfermidade pode ocasionar também outras doenças como trombose, cardiovasculares, diabetes e câncer de pulmão", revelou o pneumologista Janderson Matos.O presidente da Associação Cearense de Portadores de DPOC, Manoel Pereira Cruz, durante muitos anos, foi fumante passivo. Inclusive, tem a doença desde que nasceu, mas diz que sempre foi tratada como bronquite. Ainda de acordo com ele, por meio da associação, tem conseguindo conquistar uma série de ganhos ao longos dos últimos dois anos.Tratamento"Além do fornecimento gratuito de remédios, temos tido um maior diálogo com outras pessoas que vivem a rotina do tratamento", acrescenta Manoel. O tratamento dura, em média, três meses. Na Capital, as pessoas são tratadas no Centro de Reabilitação do Hospital do Coração, em Messejana.

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