terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Campanhas buscam elevar estoque de leite materno

Diariamente, o Banco de Leite do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias) recebe doações que chegam a quase três litros de leite materno. Porém, neste período do ano, em função das festas de Natal e Réveillon, bem com devido ao grande número de viagens para fora da Capital, a coleta cai para um litro. E é exatamente com o objetivo de evitar prejuízos dessa natureza aos recém-nascidos que não conseguem se alimentar no peito da mãe que o Hias está desenvolvendo uma campanha para aumentar seu estoque.Problema idêntico enfrenta o Hospital Geral César Cals (HGCC), que também realiza campanha visando a potencializar a coleta. Para suprir a necessidade diária dos bebês internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal do hospital, são necessários, pelo menos, 15 litros de leite por dia. No momento, o Banco de Leite possui apenas três litros em processo de pasteurização. Alguns bebês dos César Cals estão sendo alimentados com o produto de outros hospitais, que enviam o leite para ser pasteurizado no Banco de Leite do HGCC.A terapeuta ocupacional do Banco de Leite do Albert Sabin, Sandra Sobreira Araújo, explica que a reposição dos estoques é de fundamental importância porque busca garantir o suprimento de leite para os bebês prematuros ou com patologias. O banco tem cadastradas 45 doadoras, mas apenas 25 doam com frequência cerca de 150 a 300 ml de leite. São mulheres de diversos bairros de Fortaleza. "Fora as doações feitas aqui no banco, há coleta entre as mulheres com filhos internados no próprio hospital", lembra a terapeuta ocupacional."O trabalho de sensibilização para a doação é feito, geralmente, entre as mulheres que, após o nascimento de seus filhos, sentem dificuldades de amamentar", frisa a técnica em enfermagem Eliana da Silva. Sua função é orientar as mães de internos a retirarem o leite do próprio peito. "Muitas chegam aqui com dificuldade ou ansiedade para amamentar. Então, ensinamos como retirar o leite e esclarecemos que a doação ajuda outras crianças e evita o desperdício", cita Eliana.Ontem à tarde, no Albert Sabin, Luana de Oliveira Freitas, 16 anos, coletava seu leite para repassar ao filho de 18 dias de vida, que se recupera de uma infecção por ter engolido fezes durante o parto. Já Fabiana Barbosa, 22, fazia doação para outras crianças do hospital, uma vez que o seu recém-nascido estava no Interior do Estado. "Estou internada com o mais velho, que está com linfoma".

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