terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Quarentena de infectados na China revela detalhes da nova gripe

A reação chinesa à pandemia do Influenza A (H1N1) que chegou oficialmente foi, como poderíamos dizer, bastante típica. Quem fosse diagnosticado como suspeito de estar com a nova gripe era isolado e após a confirmação por testes de sangue, colocado em quarentena obrigatória.
Essa estratégia visava restringir a disseminação da doença, aliás sem muito efeito, já que o país registra atividade da gripe em todas as regiões de seu território até os dias de hoje.A maior dificuldade que todos os países enfrentaram com chegada da nova gripe é o fato de que não se conhecia exatamente como a infecção se comportaria. As autoridades tiveram que utilizar os conhecimentos adquiridos na infecção pela gripe sazonal, a gripe comum.
O isolamento dos pacientes chineses permitiu que os médicos acompanhassem de perto a evolução da infecção na população daquele país, inclusive com exames seriados de amostras de sangue.
A evolução clínica monitorada permitiu uma observação inédita de como a nova gripe se comporta nos seres humanos. Os médicos puderam determinar quanto tempo durava a incubação, o tempo dos sintomas e por quanto tempo os pacientes permaneciam disseminam a doença.

Características Os chineses que pegaram a influenza tinham em média 23 anos de idade e a infecção atacou igualmente os dois sexos.A nova gripe na China teve como marca registrada dos sintomas a febre e a tosse se manifestaram em 70% dos infectados, outros problemas como diarréia, náuseas e vômitos foram vistos com menor frequência.
Os pacientes isolados permaneceram infectantes por em média 6 dias, com uma variação de 1 a 17 dias. O uso do Oseltamivir quando iniciado nas primeiras 48 horas foi eficiente em retardar o aparecimento e a severidade dos sintomas.

No grupo de mais de 400 pacientes acompanhados na China evoluíram bem, sem óbitos, o que chama a atenção de quem lê o trabalho publicado na revista "The New England Journal of Medicine".

Os próprios autores admitem que apesar dos detectores de temperatura espalhados por toda parte, a evolução da doença nos povoados afastados pode ter sido diferente sem registro adequado de pacientes e sua evolução.

De qualquer forma, com isolamento ou acompanhamento tradicional podemos constatar que os mecanismo de controle e identificação de viroses estão em alerta em todas as partes do mundo e deverão permanecer assim daqui por diante.

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