quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Conselho reprova metade dos formandos em medicina

A quinta edição do exame do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) mostrou um quadro preocupante entre os estudantes paulistas de medicina. Entre os que fizeram a prova, apenas 44% foram aprovados. O índice de reprovação de 56% é menor do que no ano passado – quando 61% não passaram – mas ainda representa preocupação para o conselho.Na primeira edição do teste, em 2005, o índice de reprovação foi de 31%. No ano seguinte, de 38% e passou a 56% em 2007. A prova avalia estudantes do sexto ano de medicina das escolas médicas de São Paulo. Atualmente, 25 escolas formam cerca de 2.600 alunos por ano. Segundo o Cremesp, cerca de 25% deles realizaram o exame em 2009.O índice de reprovação se refere à primeira fase do exame. Dos 240 que passaram para a segunda fase, apenas oito não passaram.Segundo a avaliação do conselho, o resultado “demonstra que há deficiências no ensino médico no Estado de São Paulo”. “É alarmante constatar que, pelo terceiro ano consecutivo,a maioria dos participantes foi reprovada na primeira etapa do Exame”, informou o Cremesp através de uma nota.A participação dos estudantes na prova não é obrigatória e o resultado não influi na obtenção da habilitação para o exercício da profissão, mas o Cremesp pretende que ela se torne requisito obrigatório para que se possa obter um registro e exercer a medicina.“O Cremesp defende a aprovação, pelo Congresso Nacional, de lei que estabeleça a obrigatoriedade […] do exame”, afirmou o conselho em nota. Entre as escolas avaliadas na prova de 2009, a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo foi a que teve o melhor desempenho geral. Dos alunos formados no ano, 87% fizeram a prova. Desse total, 61% foram aprovados. A Faculdade de Medicina da USP obteve um índice de aprovação maior (78%), mas a amostra é pouco representativa. Dos 175 alunos que se formam anualmente, apenas 18 fizeram o exame.

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