quinta-feira, 3 de junho de 2010

Futebol, o maior adversário do joelho

O Brasil é o país do futebol. A fama está associada aos cinco títulos mundiais, além do grande número de praticantes amadores do esporte e craques profissionais que se destacam internacionalmente. Nas clínicas médicas, quando o assunto é joelho, o futebol também é o campeão, mas no número de lesões e, principalmente, entre boleiros de fim de semana. “Mais de 60% dos meus pacientes apresentam le­­sões decorrentes da prática do esporte que é paixão nacional”, diz Mar­celo Schiavon, da Clínica Orto­pedia Schiavon. A situa­ção não é diferente na clínica de Lúcio Ernlund, médico do Instituto de Joe­lho e Ombro e do Coritiba Foot Ball Club. “Praticantes de corrida e bas­que­te também se lesionam bastante, mas não ganham no futebol. Al­­guns times amadores tiveram quase to­dos os seus atletas atendidos em mi­nha clínica para realizar tratamento”, conta.
O joelho é a mais importante articulação de carga do corpo humano e, por isso, há tantas lesões associadas a ele. “Mais da metade das pessoas que atendo com dores sem trauma apresentam dor femoropatelar, causada por falta de alongamento ou overtraining (excesso de exercícios)”, diz Dante Grein, médico ortopedista do Centro Médico do Esporte Sete.
Exigir mais ou menos trabalho do que a estrutura foi feita para suportar pode gerar as lesões. “O sedentário sofre com o desuso, ou seja, os músculos que formam o joelho podem atrofiar e, na movimentação, isso po­­de gerar dores”, destaca Ernlund. “O sim­­ples ato de descer escadas gera uma sobrecarga no joelho que chega a ser mais de sete vezes o peso do corpo”, exemplifica Schiavon.
Para evitar este tipo de situação, é importante praticar exercícios físicos frequentemente, sem esquecer do aquecimento prévio e do alongamento antes e depois da atividade. “Está provado que apenas aquele alongamento de 15 minutos realizado antes de um jogo de futebol não evita as lesões”, diz Edilson Thiele, ortopedista da Clínica do Joelho e do Clu­be Atlético Para­naense. Segundo ele, é preciso man­­ter uma rotina de alongamentos, mesmo quando não há uma prática esportiva constante, para que o corpo esteja preparado para ser exigido durante os exercícios.

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