segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Doação- Cordão umbilical: sangue pode ajudar em tratamento de doenças graves

O sangue do cordão, assim como a medula óssea, é rico em células-tronco, que podem originar diversos tipos de tecidos
A coleta do cordão deve ser incluída já nos preparativos que antecedem a chegada do bebê ( Foto: Gadi Yampel / IDF/ Fotos Públicas )
Rico em células-tronco, o sangue do cordão umbilical pode representar uma alternativa para o tratamento de mais de 80 doenças graves. Apesar de ter um sucesso comprovado há pelo menos 30 anos, mais de 90% dos cordões são descartados, o que representa a perda de milhões de células capazes de gerar todos os tipos de tecidos e órgãos do corpo.
A coleta do cordão deve ser incluída já nos preparativos que antecedem a chegada do bebê. Segundo o Dr. Nelson Tatsui, diretor-técnico do grupo Criogênesis, o sangue do cordão umbilical, assim como a medula óssea, é rico em células-tronco, que podem originar diversos tipos de tecidos.
Dentre as principais doenças para as quais as células-tronco tem se mostrado benéficas, estão a Leucemia, Talassemia e Linfomas. Atualmente, há mais de uma centena de doenças que poderão ser tratadas com este material. A expectativa é que pesquisas também comprovem a eficiência do material no controle de Diabetes Tipo 1, AIDS, AVC,  enfarte e até lesões na coluna e doenças degenerativas (como mal de Alzheimer e mal de Parkinson), além de problemas pulmonares.
Células mães
“As células-tronco são células “mães”, capazes de criar os componentes principais do sangue humano e do sistema imunológico do corpo. A partir dessas células, formam-se glóbulos vermelhos, que levam o oxigênio aos tecidos; glóbulos brancos, que combatem infecções; e plaquetas, que atuam na coagulação”, afirma o Dr. Tatsui.
Armazenamento
Atualmente existem dois sistemas de armazenamento de sangue de cordão umbilical no país: o público e o privado. No caso de doação para o sistema público, a unidade fica armazenada em um dos bancos públicos da rede BrasilCord para ser usado em pesquisas ou à espera de um paciente compatível, habitualmente portador de uma doença hematológica grave.
No caso da contratação do serviço por meio do sistema privado, o armazenamento é pago, ficando assim, o material genético disponível para uso exclusivo do próprio bebê ou da família.

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