sábado, 29 de outubro de 2016

Efeitos da musculação e da dieta vegetariana

Uma boa alimentação é essencial para garantir o consumo de proteínas necessárias para o ganho de massa magra
É fundamental a avaliação do perfil nutricional, individual do praticante de musculação
Conquistar um corpo definido e tônus muscular está entre os principais desejos dos praticantes de musculação. A atividade é, indiscutivelmente, a mais recomendada para o ganho de massa magra. Contudo, também é de conhecimento geral que investir na malhação não é a única regra para aqueles que desejam alcançar a boa forma.
"Quem pratica musculação sabe que seguir uma alimentação balanceada e rica em proteínas, especialmente as de origem animal, é tão importante quanto suar na academia", diz a nutricionista Sinara Menezes.
A relação dieta e exercícios é fundamental tanto para o desempenho quanto para os resultados, mas esse fator pode gerar muitas dúvidas aos adeptos do vegetarianismo.
Por restringir de forma total ou parcial o consumo de alimentos de origem animal, a vertente alimentar pode parecer pouco favorável àqueles que desejam desenvolver músculos.
Contudo, segundo a profissional, essa crença não passa de um mito. Quando bem orientada, a dieta com restrição ao consumo de carne pode ser tão nutritiva quanto a onívora e propiciar o aporte proteico necessário para o ganho de massa magra, desde que alguns cuidados sejam considerados.
Diferentes vertentes
A motivação para adoção de uma dieta vegetariana pode ser fundada em questões variadas, desde crenças filosóficas ao simples desejo de adotar um estilo de vida saudável.
Justamente por envolver questões complexas que, em alguns casos, vão além da alimentar, existem diversas vertentes que podem ser mais ou menos restritivas quanto ao consumo e utilização de produtos de origem animal.
Dentre as mais comuns é possível citar os vegetarianos estritos que, assim como os veganos, não consomem qualquer alimento de origem animal, incluindo carnes, ovos, derivados do leite, mel e até mesmo gelatina.
A diferença substancial entre eles é que para os veganos essa preocupação não se limita à dieta: seus adeptos também evitam produtos cosméticos, de vestuário ou qualquer outro item que tenha origem ou que envolva a exploração animal em sua fabricação.
"Do ponto de vista nutricional, a dieta seguida por essas duas categorias é similar, baseando-se exclusivamente no consumo de alimentos de origem vegetal", declara a especialista Sinara Menezes.
Combinações poderosas
A necessidade de uma dieta equilibrada é fundamental tanto para o vegetariano quanto para quem consome carne. Porém, conforme a nutricionista, quem não deseja ingerir qualquer tipo de proteína animal deve recorrer a um cardápio diversificado, combinando, em uma mesma refeição ou ao longo do dia, diferentes tipos de proteínas vegetais, a fim de complementar a oferta de determinados micronutrientes.
De acordo com a profissional, um bom exemplo é o tradicional arroz com feijão. O arroz é rico em aminoácido metionina e pobre em lisina, enquanto com o feijão ocorre exatamente o contrário, ele possui alta concentração de lisina e baixa metionina.
"Ambos aminoácidos são fundamentais para o complemento nutricional. No entanto, não são produzidos pelo corpo e estão ligados à recuperação muscular e à fabricação de tecidos. Logo, é uma excelente alternativa para a dieta vegetariana pois equilibra o aporte desses micronutrientes e enriquece a oferta proteica", acrescenta Sinara Menezes.
Variação
Para dar mais variedade ao cardápio, pode-se alternar essa preparação combinando alimentos como a soja, o grão de bico e a ervilha, todos ricos em proteínas.
A quinua é, igualmente, uma excelente alternativa para substituir o arroz. Além de uma excelente fonte de proteínas, o cereal é rico em ácidos graxos, a exemplo do Ômega 3 e 6, e possui uma boa concentração de carboidratos que fornecem energia para a prática esportiva.
"Para quem não tem problemas alérgicos ou qualquer outra restrição, é possível recorrer às oleaginosas, aos grãos e às sementes, utilizando-os em saladas, frutas ou em outros lanches", complementa a nutricionista Sinara Menezes.
Saiba mais
Menos gordura: quando existe a orientação médica e segue-se uma dieta equilibrada, o vegetarianismo colabora para redução do colesterol por haver uma menor ingestão de gordura saturada, presente em abundância nas carnes;
A Pessoa que reduz ou exclui a ingestão de carne de suas dietas desperta pela qualidade da alimentação e passa a investir mais no consumo de frutas, legumes, cereais integrais e alimentos com alto teor de vitaminas e minerais;
Os vegetais ricos em fibras propiciam a digestão, a saciedade e a perda de peso. Eles previnem a ação dos radicais livres que causam o envelhecimento das células e o surgimento de várias doenças.

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