segunda-feira, 2 de novembro de 2009

UTI sem medo e maior proteção

A té bem pouco tempo, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) era sinônimo de medo, hoje, é de proteção. Desmistificar a estada de um paciente em um leito de UTI tem sido uma importante missão para a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)."É preciso mudar a ideia de que pacientes vão para a UTI para morrer e, assim, diminuir o medo desse tipo de internação. A unidade é destinada para os doentes críticos ou aqueles que correm o risco de apresentar quadros mais graves. É extremamente importante que os pacientes, os familiares e a população em geral saibam que dentro da UTI há intensivistas qualificados para tratá-los nesse momento tão difícil, que estão ali para cuidar deles da melhor maneira possível e têm o conhecimento e as ferramentas para fazer isso. Por isso, a população deve requerer a presença do intensivista titulado na UTI, pois terá mais segurança e um melhor atendimento", diz José Mário Teles, presidente da Comissão de Defesa do Exercício Profissional da AMIB.Nos seus 30 anos de atuação, a AMIB tem defendido que toda UTI deva ter pelo menos um médico especializado em Medicina Intensiva. "Estudos indicam que uma UTI com um médico intensivista qualificado apresenta menor tempo de internação, menor mortalidade e melhor qualidade de vida pós-alta para o paciente, que volta mais rápido para suas atividades diárias, com melhor preservação de suas atividades neurológicas, afirma o Dr. Álvaro Réa Neto, presidente da AMIB.Em contrapartida, uma UTI sem profissionais capacitados tende a apresentar gastos maiores e menor resolutividade, acarretando taxas mais baixas de sobrevida e maior mortalidade.CampanhaNo Brasil, os dados são desanimadores, cerca de 53% das UTIs não têm sequer um médico intensivista titulado. Por isso, a valorização desse profissional e o incentivo para que cada vez mais médicos que atuam nas UTIs brasileiras procurem se especializar são fundamentais.Para tal, a AMIB lançou a campanha intitulada "Orgulho de ser intensivista", cujas ações acontecem até o próximo dia 10 em todo o Brasil. Além da valorização do profissional que atua na Medicina Intensiva, seus principais objetivos são conscientizar a população sobre o trabalho do médico intensivista e de sua equipe e destacar sua importância dentro da UTI.Voltada para os próprios intensivistas, pacientes, familiares, população, profissionais de saúde que atuam em outras especialidades, como os denominados pares (aqueles que entregam o paciente na UTI e depois o recebem na alta), profissionais das áreas administrativa e de recursos humanos dos hospitais e para estudantes de medicina, a campanha contará com diversas ações.As UTIs de todo o País receberão materiais (cartilhas e cartazes explicativos) com mensagens específicas para cada grupo. No caso da população, por exemplo, as cartilhas trazem as mensagens "A UTI não é bicho papão. Lá dentro, existem príncipes e princesas", direcionada a UTIs pediátricas; e "Um médico Intensivista acolhe você nos dias mais difíceis de sua vida, para que depois você tenha muitos dias de tranquilidade", para as unidades adultas.Para os médicos, a cartilha diz, "Intensivista: a AMIB está zelando por você com o mesmo cuidado com que você cuida de seus pacientes"; há ainda uma cartilha para estudantes, incentivando o conhecimento da especialidade, "Você, estudante de medicina, tem a vida toda pela frente. Conheça seus colegas intensivistas que têm muitas vidas pela frente". Os cartazes serão distribuídos nas diversas UTIs do país, com os seguintes dizeres: "Nós não recebemos pacientes, nós acolhemos pessoas" e "Vários caminhos podem levar à UTI. Para o Médico Intensivista e sua equipe, todos os caminhos conduzem à vida".Para ampliar o alcance do projeto, foi disponibilizado o hotsite www.orgulhodeserintensivista.com.br, no qual os internautas poderão acompanhar todas as ações da campanha nacional.LEITOS35 hospitais cearenses contam com UTIs e um total de 662 leitos em todo o estado, o que significa 0,8 leitos por 10 mil habitantes. O número é bem abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde, segundo o último censo realizado pela AMIB.SAIBA MAISA medicina intensiva surgiu no Brasil na década de 1960, foi reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina em 1992, e em 2002pela Comissão Nacional de Residência Médica;No Brasil, segundo dados de 2003, existem cerca de 29 mil leitos de UTIs (somando as unidades de adulto, pediátrico, neonatal, queimados e intermediários);Apenas 53% das UTIs brasileiras contam com pelo menos um médico intensivista titulado;A AMIB defende que toda UTI deva ter pelo menos um médico especializado em Medicina Intensiva;A UTI com um médico intensivista apresenta menor tempo de internação, menor mortalidade e melhor qualidade de vida após a alta do paciente.

Um comentário:

  1. fiquei muito feliz com uti do rocha todos foram bem acolhidos

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