quinta-feira, 25 de março de 2010

Ceará terá o primeiro banco público de cordão umbilical

O primeiro Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário da rede pública de saúde do Ceará vai ser inaugurado ainda no primeiro semestre de 2010. A entrega das obras da estrutura física do prédio, em Fortaleza, será feita nesta terça-feira, 23, às 15 horas, na sede do Hemoce. As obras começaram em julho de 2009 na sede do Hemoce. A unidade faz parte de um projeto maior da Rede BrasilCord, do Ministério da Saúde, que está formando um conjunto de bancos de sangue de cordão umbilical e placentário interligados para atender a demanda de transplantes e pesquisa de células embrionárias no País. Através do convênio assinado com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2008, a Rede BrasilCord recebeu um investimento de R$ 31,5 milhões do Fundo Social do BNDES para a construção de unidades no Ceará, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Pará, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Distrito Federal. Hoje, o sistema já conta com quatro bancos instalados, no Rio de Janeiro, em São Paulo, Campinas e Ribeirão Preto. A meta é armazenar cerca de 50 mil cordões umbilicais nos 12 bancos que passarão a formar a Rede, número considerado ideal para, junto com o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), suprir a demanda de transplantes no Brasil. Além da construção dos novos bancos de cordão, o recurso do BNDES será utilizado na compra de equipamentos das unidades já em funcionamento e treinamento de pessoal. São R$ 4 milhões em investimentos só no Ceará. No dia 9 de outubro de 2009, aconteceu a primeira coleta de sangue de cordão umbilical e placentário da rede pública estadual de saúde, como treinamento para o trabalho que será desenvolvido para suprir a demanda do Banco de Sangue de Cordão. A coleta foi realizada no Hospital Geral César Cals, em Fortaleza, e o material retirado da placenta e do cordão umbilical da mãe foi doado para o Banco de Sangue do Instituto Nacional do Câncer, no Rio de Janeiro. Ele ficará disponível para atender qualquer paciente que tenha compatibilidade genética com o material.

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