
Eles também podem diferenciar cores que parecem iguais para o olho normal. De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, perito em medicina do tráfego e membro da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), tal característica garante maior reflexo para desviar de obstáculos com antecipação, o que evita acidente. “A primeira coisa é acabar com o conceito de que daltônico enxerga em preto e branco”, observa o especialista.
De acordo com o oftalmologista, hoje 15 milhões de brasileiros, na proporç

No entanto, o médico explica que em muitos testes para tirar ou renovar a CNH as pessoas com a disfunção são reprovadas devido à metodologia utilizada. “O problema é que muitos candidatos à habilitação são submetidos ao teste de Ishihara, que serve para distinguir se a pessoa é ou não daltônica, e que tipo de daltonismo tem”, explica o especialista. O teste de Ishihara é formado por círculos coloridos com pontos em verde e laranja que formam números, letras ou desenhos. Os daltônicos não conseguem enxergar essas imagens. “O teste de visão de cores com luzes ou cartões coloridos já é suficiente para tirar a habilitação”, afirma.
Outro problema que os daltônicos enfrentam é a falta de padrão de semáforos e placas de uma cidade para outra. Para os daltônicos, o contraste é essencial para melhorar a visibilidade no trânsito. Placas com letras amarelas sobre verde e azul, comuns em pequenas cidades, se tornam invisíveis para daltônicos. As placas de obras, com fundo laranja e letras em preto também dificultam a identificação. “Para ajuda

Projeto de lei
Para ajudar essa parcela da população, o projeto de Lei 4937/09, que tramita na Câmara, propõe alterar os formatos das lentes de semáforos. O autor é o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ), que foi procurado por daltônicos. O projeto de lei tem apoio de um grupo que desenvolveu o site Daltônicos no Trânsito.
Gabeira explica que o projeto é específico para semáforos e de

De acordo com Gabeira, já existe sinalizações nesse sentido em Portugal. Na cidade de Campinas, no interior de São Paulo, por exemplo, as lentes amarelas ganharam uma tarja branca, para facilitar a visualização pelos portadores de daltonismo.
Míopes também são beneficiados No trânsito, quem sofre de miopia enfrenta mais dificuldade do que os daltônicos. O médico Leôncio Queiroz Neto explica que essas pessoas, que possuem dificuldade para enxergar objetos de longe, possuem muita dificuldade em identificar obstáculos entre 17h e 20h, período popularmente chamado de lusco-fusco. “Neste período, o contraste é menor e as pessoas perdem a noção de profundidade”, explica o oftalmologista.
Segundo ele, se o contraste das sinalizações for intensificado, os míopes também serão beneficiados. “O contraste é mais importante do que a identificação da cor, por causa da noção de profundidade”, destaca Queiroz Neto.
Vejo muita coisa escrita sobre daltonismo, sou daltônico, sei muito bem o que vejo. Quando se fala, o daltônico tem que vêr o verde o amarelo e o vermelho, isso é muito vago,se o daltônico pudesse vêr qualquer tipo de verde e de vermelho, não seria daltônico, deveria ser o daltônico deve vêr o verde claro o amarelo intenso e o vermelho escuro, o que é usado normalmente nos sinais de trânsito.
ResponderExcluirNilton
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