quinta-feira, 22 de abril de 2010

Incidência de dengue cresce entre as crianças

O número de casos de dengue em crianças vem aumentando, informa o Ministério da Saúde (MS). Se em 2004 praticamente não havia registro em menores de 15 anos, o estudo, agora, mostra que as crianças representam 25% dos casos no País. O Ceará também registra essa tendência, porém somente quando se trata da dengue hemorrágica, afirma o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), Manoel Fonseca.O médico admite, ainda, que as crianças são mais vulneráveis à doença do que os adultos, porque têm menos defesas orgânicas. Por sua vez, o Ministério da Saúde alerta sobre os riscos da chamada febre hemorrágica da dengue em crianças, que têm mais chances do quadro se agravar e evoluir para óbitos.Em 2010, informa o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do Ceará, o Estado não registrou nenhum óbito. "Há casos suspeitos em estudo, mas não confirmados", diz, adiantando que, em 2010, até devido à ocorrência de chuvas abaixo da média, houve um decréscimo da doença na Capital e nos municípios do Interior.Como os sintomas da dengue, muitas vezes, são confundidos com os de uma gripe ou virose, entre as crianças despertam mais preocupação por causa da dificuldade para o diagnóstico, uma vez que elas nem sempre conseguem explicar com detalhes o que estão sentindo.Uma pesquisa feita pela Universidade de Brasília com crianças que tiveram dengue apontou os sintomas mais comuns: febre e manchas vermelhas na pele, sangramentos, dores de cabeça e na barriga e vômito.Como, entre os pequenos, o tipo mais grave de dengue, a hemorrágica, pode evoluir rapidamente, recomenda-se aos pacientes procurar um hospital aos primeiros sintomas. Os médicos orientam, ainda, os doentes a tomarem bastante líquido. A hidratação reduz as possibilidades de agravamento.Contudo Manoel Fonseca ressalta que, em se tratando de dengue clássica, neste ano, a faixa etária mais atingida no Ceará é a de 20 a 34 anos, com 28,5% dos registros. Já a faixa até 10 anos detém 13% dos casos. "Se a gente incluir de 10 a 14 anos, tem-se um índice de 22%", explicou o médico.

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