sábado, 17 de abril de 2010

MENINGITE -CE registra 7 casos neste ano

Este ano, o Estado do Ceará já registrou sete casos de meningite meningogócica, dos quais quatro foram em Fortaleza, sendo dois no mês de janeiro, um em fevereiro e um último março. Os demais três casos da doença ocorreram em Ibaretama (no primeiro mês do ano), Caucaia (em fevereiro) e Maracanaú (em março).As informações são do boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), que indica não ter havido óbitos no Ceará em virtude da doença. No ano passado, mostra o boletim do órgão estadual, foram confirmados 48 casos de meningite com dez óbitos, decorrentes do tipo mais grave da doença, a meningogócica.Na Capital, o hospital especializado no tratamento de meningite é o São José, que, até ontem, estava com oito pacientes internados para tratamento da meningite bacteriana, como afirmou o diretor geral da unidade, o médico Anastácio Queiroz. Apesar do boletim da Sesa chamar a atenção para o número de casos da meningogócica, para o diretor do São José, os registros estão dentro da normalidade mesmo em período de chuvas. "É preciso alertar para a importância da prevenção", acrescentou o infectologista.Evolução da doençaAnastácio Queiroz lembra à população que aos primeiros sinais da doença o melhor é procurar os serviços de saúde mais próximo de casa. "As pessoas devem ficar atentas para sintomas como dores de cabeça, no pescoço, febre alta e vômito", comentou, esclarecendo que as dores de cabeças vão se tornando mais fortes e o paciente pode vir a apresentar mal-estar no corpo inteiro ou até mesmo uma convulsão.Nessa situação, aconselhou o diretor do São José, o próprio paciente deve interrogar a seu médico sobre a possibilidade do diagnóstico de uma meningite. O estado de prontidão ainda é a melhor medida a adotar para evitar os riscos da doença, sobretudo a do tipo meningogócica, que pode evoluir rapidamente para um óbito. "O tratamento precoce é essencial para prevenir complicações", frisou.Nos registros da doença, além de tratar o paciente os serviços de saúde fazem o trabalho de investigação epide-miológica e o "bloqueio" com aqueles que tiveram contato a pessoa infectada (por vírus ou bactéria). O bloqueio inclui a prescrição de três medicamentos (Ceftriaxona, que é injetável, e a Rifanpicina e a ciprofloxacina, os dois últimos orais).O diretor do São José ressalta que as chuvas podem contribuir para aumentar os registros porque forçam as pessoas a ficarem durante mais tempo em aglomerados, muitas vezes até mesmo em lugares fechados e com pouca circulação de ar. Com a queda nas temperaturas, a tendência é de aumento no número de casos de meningite bacteriana.A meningite se caracteriza pela inflamação dos das meninges (membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal). A doença pode causar inúmeras complicações e sequelas neurológicas, como epilepsia, infartos cerebrais e retardo mental em crianças. Por isso, o tratamento precisa ser o mais rápido.

Um comentário:

  1. Se os nossos governantes fossem mais sérios. Com certeza toda a população teria acesso as vacinas nos postos de saúde. Mais um descaso com a população.

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