domingo, 26 de setembro de 2010

Agência revisa uso do Avastin, da Roche, para câncer de mama

Os reguladores europeus de saúde pública estão fazendo uma revisão sobre os benefícios do medicamento Avastin, da Roche, contra o câncer de mama à luz de novos dados clínicos, que lançam mais incertezas sobre suas perspectivas.
A notícia vem enquanto os investidores aguardam uma decisão das autoridades norte-americanas sobre se revogam ou não a indicação do Avastin nos casos de câncer de mama avançado e segue-se a uma série de revezes do tratamento até agora este ano.
O FDA, a agência que controla o uso de alimentos e drogas nos Estados Unidos, também avalia se amplia a indicação do Avastin nos EUA a fim de permitir que a droga seja usada junto com outras quimioterapias.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMEA) anunciou na sexta-feira ter iniciado uma revisão sobre os riscos e benefícios do Avastin, depois que a Roche apresentou um estudo para embasar o seu requerimento para usar o Avastin no tratamento do câncer de mama associado à quimioterapia citotóxica capecitabina ou baseada em antraciclina.
Em comparação com os resultados dos estudos anteriores, a agência informou que o último estudo apontou inconsistências entre diferentes ensaios, em especial em termos de eficácia.
"É provável que isso assuste o mercado, pois poderá colocar outros 800 milhões de francos suíços no Avastin sob risco", disse o analista Karl-Heinz Koch, da Helvea.
A Roche afirmou estar comprometida em trabalhar com o Comitê da EMEA para Produtos Medicinais de Uso Humano a fim de garantir que ele tenha toda a informação de que necessite para a revisão sobre o Avastin como tratamento de primeira linha para o câncer de mama metastático.
A opinião do comitê da EMEA sobre a ampliação da indicação deve sair este ano, informou a Roche, acrescentando que o uso atual do Avastin nas indicações autorizadas, incluindo para o tratamento de pacientes com câncer de mama metastático, não era afetado pela revisão. 

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