
O rapaz contaminado foi mordido pela cadela em maio, mas só procurou o atendimento médico no início deste mês. O animal morreu nove dias depois de agredir o dono e apresentava um quadro de excesso de saliva e agitação --sintomas da raiva. Há suspeita que o bicho de estimação tenha sido infectado por um sagui ou um morcego.
De acordo com a Secretaria de Saúde, o homem foi internado com febre, agitação, excesso de saliva, dificuldade de engolir e alucinações. Ele está sendo submetido a tratamento com sedação profunda e antivirais no Hospital São José, unidade de referência no Ceará.
O protocolo foi adaptado do tratamento que curou a primeira paciente de raiva, nos EUA, e o pernambucano Marciano Meneses da Silva, 16, o único sobrevivente da doença no Brasil.
O caso de raiva humana é o segundo registrado no Brasil este ano. O primeiro foi um homem mordido por um morcego, no Rio Grande do Norte, que morreu.
Em caso de agressão por cães e gatos, os animais devem ser isolados por dez dias para observação do surgimento de sintomas da doença. Se o animal morrer, os técnicos da zoonoses e os veterinários devem ser informados. Ao ser agredida por um animal, a pessoa deve lavar o ferimento com água e sabão e procurar o serviço de saúde imediatamente para receber tratamento (vacina e soro).
O Ministério da Saúde recomenda a vacinação de cães e gatos contra raiva como a forma mais eficaz de evitar a transmissão da doença ao ser humano.
VACINAÇÃO
A confirmação do caso de raiva humana no Ceará fez com que o Ministério da Saúde divulgasse uma nota na quarta-feira (8) recomendando que a vacinação de cães e gatos contra a raiva seja mantida em todo o país. No entanto, o Estado de São Paulo --que sus

O Ministério da Saúde informou que 79 mortes de animais foram notificadas ao órgão pelos Estados de Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Norte desde que a campanha de vacinação teve início na primeira semana de junho. Em todos os casos, os animais começaram a manifestar reações adversas em até 72 horas após a vacinação. As mortes ainda estão sob investigação pelas Secretarias Estaduais, Ministério da Saúde e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O governo diz que a taxa de letalidade em gatos é de 0,090 mortes a cada 1.000 felinos vacinados e de 0,037 óbitos a cada 1.000 cães vacinados. De acordo com o Departamento de Vigilância Epidemiológica do ministério, o número está abaixo do esperado na literatura internacional para as duas espécies.
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