
Países querem que esse debate seja revisto e passe a ser conduzido diretamente pelos membros da OMS. Os trabalhos apresentados até o momento são resultado das orientações da Força-Tarefa Internacional Anti-Contrafação de Produtos Médicos (em inglês, Impact), um grupo criado pela própria OMS, com representantes de vários setores. A equipe defende que a discussão sobre falsificação de remédios vá além de questões de saúde pública e passe também a avaliar a origem e o respeito do produto às normas relacionadas à marca e à patente.
"O combate à falsificação de medicamentos, nossa responsabilidade comum, não pode servir de pretexto para que a dimensão comercial sobreponha-se à saúde pública. Propriedade intelectual não se confunde com medicamentos falsificados. Vítimas de violações aos direitos de propriedade intelectual são empresas; vítimas de medicamentos falsificados são pacientes - e são estes que requerem a proteção da OMS", afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante seu discurso na assembleia.
O receio parte das experiências registradas nos últimos dois anos, quando cerca de 30 carregamentos de genéricos em trânsito de países como China e Índia para outros em desenvolvimento foram bloqueados em portos europeus. As apreensões foram feitas com base em uma legislação da União Europeia, que permite a apreensão de cargas suspeitas de desrespeitar propriedade intelectual. Em dezembro de 2008,

Na última semana, o Brasil e a Índia apresentaram uma denúncia na Organização Mundial do Comércio para discutir a legalidade da apreensão de medicamentos genéricos em portos europeus. A justificativa das autoridades europeias é a de que produtos eram suspeitos de desrespeitar a propriedade intelectual, precedente que, de acordo com normas da União Europeia, permite a apreensão dos produtos.
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