Apesar dos números, a Capital é referência no controle do mosquito, por isso recebe visita de técnicos do Suriname

Lêda Gonçalves* - Repórter

Nesse período, os bairros com mais de 200 infectados passaram de quatro para sete: Montese com 595; Barra do Ceará, 352; Antônio Bezerra, 296; Cristo Redentor, 245; Mondubim, 216 e Jacarecanga, 212.

A faixa etária com maior número de ocorrências é a que está entre 41 a 50 anos, com 1,4 mil doentes. Outro dado que chama atenção é o total da população entre 71 a mais de 80 anos. São 430 confirmações. Ainda há casos de crianças entre zero e nove anos de idade: são 228 ocorrências nessa porção populacional.
Segundo avalia o infectologista Ivo Castelo Branco, algumas dessas pessoas estão no grupo das que mais sofrem. "Nesse grupo estão as crianças, idosos, diabéticos, hipertensos e aqueles que apresentam problemas no coração, transplantado ou em tratamento contra o câncer".
Apesar do cenário alarmante na cidade, as ações contra o vetor desenvolvidas pelo Município são consideradas referência para o País. "O trabalho realizado é diário e tem feito diferença", aponta o gerente da Vigilância Ambiental e Riscos Biológicos da SMS, Atualpa Soares.
Tanto que técnicos da República do Suriname estão na Capital para conhecer o Programa de Controle de Vetores desenvolvido pela Prefeitura. O Ministério da Saúde escolheu a Capital para o treinamento devido a esse trabalho. Para a assessoria técnica do Núcleo de Endemias, a visita de estrangeiros para conhecer o programa desenvolvido em Fortaleza reforça ainda mais as atividades realizadas na Capital. "Os técnicos terão acesso a todos os processos adotados no combate ao Aedes aegypti, com a intenção de que o conhecimento adquirido seja replicado no Suriname", destacou.
Mutirões
De acordo com Soares, Fortaleza tem recebido ações da Prefeitura, como mutirões de limpeza, campanhas educativas em escolas e prédios públicos, formação de brigadas, reforços das visitas domiciliares, além das operações Quintal Limpo e Foco no Foco. Durante o 1º semestre, informa, foram realizadas 28 mil ações, como formação de brigadas e atividades educativas, e mais de 1,5 milhões de visitas domiciliares para eliminar os riscos em relação às doenças transmitidas por vetores.
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