terça-feira, 12 de julho de 2016

Medidas caseiras podem atrair focos de mosquito

Ceará registrou, neste ano, 18.505 casos de dengue, e 8.582 de chikungunya, com dois óbitos
A utilização de materiais e substâncias químicas pela população tem sido uma prática para combater a proliferação do Aedes aegypti - vetor transmissor da dente, chikungunya e zika. O uso de medidas caseiras, no entanto, não é visto com tanta eficácia por órgãos da saúde.
Para a assessora técnica da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (Sesa), a bióloga Ricristhi Gonçalves, as ações populares "não garantem por completo o afastamento do mosquito. Muitos atos praticados pela população, como armadilhas ou a utilização de substâncias, necessita de uma supervisão. Essas ações podem até se tornar possíveis pontos de proliferação do Aedes", comenta.
A dona de casa Lúcia Maria, do bairro do Bom Sucesso, pontua que utiliza detergente e água sanitária em alguns pontos da casa que acumulam água. Segundo ela, uma vizinha a informou que o produto mata a larva do mosquito. "Eu sempre coloco. Já perguntei a um agente de saúde, mas ele disse que não tem problema. Mas também diz que não sabe se dá certo", conta.
A assessora técnica da Sesa dá outro exemplo praticado em residências de Fortaleza que o manejo de hipoclorito, frequentemente usado como desinfetante e como agente alvejante. "Se sabe que é utilizado, mas não sabemos ainda a eficácia. Outro problema encontrado é a necessidade de ficar repondo esse tipo substância. A citronela também é bastante utilizada, mas precisa de uma grande quantidade para afastar o mosquito", aponta.
zxc
A bióloga destaca que as escolas do Estado chegaram a realizar ações como a construções de armadilhas caseiras de mosquito com garras pet, mas a utilização foi reavaliada. Ela ressalta que as medidas necessárias são direcionadas à vedação de reservatórios de água e ao armazenamento adequado de vasilhames e garrafas em quintais. Para o Professor Luciano Pamplona, do Laboratório de Entomologia Médica da Universidade Federal do Ceará (UFC), a implementação de novas tecnologias é bem-vinda, mas precisa ser avaliada tecnicamente. "Essas medidas são positivas na medida que mobilizam as pessoas a terem atenção com os cuidados em casa". Um exemplo citado pelo especialista é do chá do inhame. "Nos últimos meses, foram vistas nas redes sociais receitas de chá para combater o mosquito. Esse tipo de conteúdo é preocupante, pois não existe nenhuma comprovação científica de sua eficácia".
Atualmente, o laboratório de entomologia vem realizando estudos com larvas recolhidas em diversos municípios do Estado. "Estamos reunindo amostras de diversas regiões para avaliar como se comporta o vírus para as doenças de dengue, chikungunya e zika", revela.
Boletins
De acordo com os dados da Secretaria de Saúde do Estado, em 2016, foram confirmados 18.505 casos de dengue no Ceará, com 14 óbitos; a maioria dos registros da doença (84,6%) foi em adultos com idades entre 36 e 77 anos e dois (15,4%) ocorreram em crianças de um mês e 11 anos (mediana de 55,5 anos).
Já a febre chikungunya já registrou 8.582 casos no Ceará até o momento, com quatro mortes confirmadas, sendo duas vítimas do sexo feminino e duas do sexo masculino, com 12, 89, 87 e 88 anos de idade.
Além disso, a microcefalia ou outras alterações do sistema nervoso central, com possível associação ao zika vírus, já atingiu 125 crianças, com outros 175 casos em investigação, assim como 21 óbitos confirmados.

Um comentário:

  1. Olá!

    Já que gostas de dados lê estes:

    1850 MULHERES INFECTADAS COM ZIKA = ZERO CASOS DE MICROCEFALIA

    "Among a subgroup of 1850 pregnant women with ZVD for whom complete data on the trimester of infection were available, 532 reportedly contracted the infection in the first trimester, 702 in the second trimester, and 616 in the third trimester. At the time of data cutoff, among the women in whom ZVD had been diagnosed, pregnancies were ongoing in 84% of those with a diagnosis in the first trimester and in 71% of those with a diagnosis in the second trimester. For the 616 women in whom ZVD was diagnosed in the third trimester, 82% of their infants were born at term with a normal birth weight, 2% were born at term with a low birth weight, 8% were preterm, and 1% died during the perinatal period; 7% are still being followed. No cases of microcephaly or brain abnormalities have been reported in this group to date."

    fonte:

    http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1604037?query=featured_zika&#t=articleResults

    Isto anula por completo a hipótes "zika provoca microcefalia" e assim sendo NÃO ESTÁ PROVADO QUE ZIKA PROVOCA MICROCEFALIA.

    Mas podes sempre preferir continuar a ignorar...

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